COM AS PEDRAS QUE ATIRARES, CONSTRUIREMOS A FORTALEZA DE DEFESA DO INTERB
O Ruralito começou no domingo passado. Foi um início estranho, de vez que a tabela bonitinha do Presidente Conselheiro Isento fez o seu time do coração estrear, mas o Grêmio, não, e, nas insondáveis (falta de) explicações da razão para isso, não vimos qualquer jornalista isento indagar aos nababos da Federação o motivo.
Era, porém, claríssima a intenção. Aos sátrapas isentos vermelhos da FGF e aos súcubos vermelhos isentos da imprensa gaúcha interessava que as manchetes ficassem abertas para uma laudação imoderada da estréia dos Meninotes da B. Imaginavam um atropelamento do Veranópolis. Ora, faltou combinar com os russos.
Futebol abaixo da crítica. No entanto, a IVI da Ipiranga preferiu, no dia seguinte, falar que o empate mostrava evolução. A RBSci cobriu-se de ridículo ao, logo ao finzinho do jogo, mostrar uma tabela e apontar que aquele time rubro estava na liderança! Disse-o com uma caradura e mais convictos que fernando carvalho garantindo que o "inber" não cairia. E vimos aonde a coisa foi dar. No domingo, oito para nove meses de jejum vermelho fora do Lamaçal Recauchutado das Bergamotas e nem um pio das facções da IVI. Nem com a ajuda dos erros humanos dos juízes conseguiram vencer, mas o silêncio sobre isso, domingo e segunda-feira, foi eloqüente: muita isenção de salmão!
O principal acontecimento daquela tarde de domingo veio, infelizmente, das arquibancadas.
Produziu-se um lamentável espetáculo de selvageria protagonizado por torcedores ligados às organizadas do time de predileção da IVI. Houve confronto, pedradas, socos, pontapés, correria... Viu-se que famílias deixavam o estádio mais apavoradas que ex-presidente do "inber" à beira-mar. Pagaram para um jogo que não assistiram porque outros torcedores (marginais ao mesmo tempo), impediram-lhes.
O futebol gaúcho está cansado desses bandidos infiltrados nas organizadas e que as usam livremente com a conivência das diretorias.Não tenho aqui porque repetir a repulsa que já expressei a esse tipo de torcedor, tampouco do absurdo de diretorias cooperarem com essas organizadas, fornecendo-lhes dinheiro e ingressos, usando-as nas eleições etc., seja em que clube for. Minha intenção é mostrar o papel da IVI e sua posição vergonhosa no próprio domingo e nos dias imediatamente posteriores.
Ainda no decorrer do jogo, logo após as imagens do confronto e durante a paralisação, Zini Pires correu a publicar uma coluna dizendo que não se podia chamar de torcedores do inter os vândalos, mas, sim, eram bandidos. No texto de poucas palavras mas de muitos erros (fáticos e de gramática), encontrava-se tudo, menos o que tinha acontecido realmente. Dizia que nunca se podia responsabilizar o clube, sugestionou infiltração na torcida (e ele não se deu conta da contradição: dizia que não eram torcedores, mas falaa em torcida logo a seguir) e essa foi linha.
Ora, ser IVI é devanear e tentar forçar uma interpretação alternativa dos fatos mesmo com a flagrante série de eventos estourando-lhes na face. Julio César Santos, comentarista do PFC, enquanto Alano gaguejava, literalmente gritava que “as pedras vêm de fora, não são da torcida do inter”! Ora, as imagens mostravam claramente os torcedores do inter, mas o comentarista vermelho tinha que ir contra a lógica e o que todos viam na sua ânsia de proteger o indefensável, ignorando que, nas arquibancadas, torcedores do inter adotaram estilo europeu e empregavam técnicas belgas de combate, à la Van Damme.
No dia seguinte, a Rádio Grenal levou ao ar duas diligentes autoridades gaúchas. Autoridades que já trabalharam de madrugada, em véspera de feriado, no passado, para suspender, na surdina, organizadas do Grêmio; nesse caso, apenas foram às ondas falar... das organizadas do Grêmio. E teve o Anão de Viamão que, em sua coluna na ZH, na mesma frase, foi técnico, economista, adivinho, advogado e dissimulado. Em coluna mais falsa que e-mail colorado e que, aparentemente, defendia a punição do inter, Senhor Banheiro (WC) sapecou o lugar-comum da punição séria a todas as organizadas, de todas as agremiações, e lembrou do incidente (lamentável) do incêndio dos banheiros químicos no Lamaçal pela torcida gremista.
A cantilena foi unânime. NENHUM JORNALISTA, sem exceção, noticiou (quem dirá condenou) o fato de essas torcidas organizadas estarem no meio de uma punição de 90 dias. Ou seja, não poderiam estar no estádio! Isso, porém, ficou em total esquecimento. NENHUM JORNALISTA ligado à IVI do Ipiranga ou do Morro sequer mencionou que foi a diretoria do inter que deu os ingressos às organizadas que deram aquele show de barbárie.
Um êmulo de jornalista da Grenal chegou a dizer que viajou de ônibus com as organizadas e outro, Filho de alguém B, tuitou sobre os ingressos. E foi só. A responsabilidade clara dos dirigentes vermelhos passou ao largo do escrutínio dos supostos jornalistas Isentos. Qualquer um minimamente sério e que se preze teria ido a fundo na história. Não no RS com sua imprensa isenta. No entanto, a mesma imprensa abriu suas colunas para dar ampla repercussão a uma suposta e fantasiosa “marcha pela paz” que os baderneiros organizados convocaram. Elogios a granel. Viva a operação abafa.
E por que a leniência e omissão das autoridades gaúchas sobre os fatos acontecidos domingo, mesmo diante do flagrante desrespeito? Por que o silêncio isento sobre a responsabilidade clara dos dirigentes colorados no que aconteceu na abertura do torneio da FGF? Por que a federaçao ainda não agiu? Nem uma notinha.
É, de fato, começou o Gauchão: briga na torcida vermelha, SCI sendo auxiliado pelos erros humanos da arbitragem FGF (que leva ao extremo o "errare humanum est"), imprensa vermelha isenta arrumando desculpas e criando crises no Grêmio (para tirar o foco do sci), ZH fingindo que nada aconteceu e anúncio, pelo twitter, de morte do faróide Ubner Germânico. Todo ano! Passa ano, entra ano, e nada muda na Província.
E como diz aquele filósofo de Piratini, Igor Duarte, “o último a sair, que atire a primeira pedra”(Ditado POPULAR).