quinta-feira, 9 de abril de 2015

Lenio Streck e a CIA




A ARBITRAGEM AZDAK e A CIA
Na peça Circulo de Giz Caucasiano, de Bertolt Brecht, há um personagem que é JUIZ. Chama-se AZDAK. Ele decide como quer. O vento levanta a sua toga e...Bingo. Ele está inspirado para decidir. Quando está desconfortável, pede para o auxiliar (bandeirinha, no caso) trazer o livro de regras para...sentar em cima. Grande Azdak. Assim são os árbitros do Gauchão Charmosão. Chico Colorado e congêneres. Agora surgiu um novo: Diego Real(mente colorado). Quero ser processado pelo Diego Colorado. Segundo a tese dominante, chamar um árbitro de Colorado é ofensa. Binguíssimo. Viva o Circulo de Giz do Campeonato Gauche. Viva os árbitros azdakianos. Interpretam como querem, desde que seja a favor do Inter. Quase um pênalti por jogo. Recorde histórico. O pessoal do Guiness Book acaba de comprar as passagens para virem ao Rio Grande certificar. Nunca antes na historia do futebol, como diria o centroavante Lula, tantos pênaltis foram marcados. Errare humanum est, si pro rufo (Erra é humano, desde que seja a favor dos rublos). Além dos dois pênaltis, a expulsão do jogador. Uau! Pensando bem, tinha mesmo que expulsar. Afinal, vá que o Inter errasse de novo e...tinha que reduzir o Cruzeirinho a 10 jogadores. Os indícios de que o jogo seria assim se fizeram mostrar aos 3min48 segundos do primeiro tempo, quando Juan fez uma falta para prisão em flagrante. Nem amarelo levou. Errare humanum... E o que disseram os agentes da CIA (Comentaristas Isentos de Arbitragem) sobre o jogo e os pênaltis? Na TV: árbitro magnifico! No Jornal e no Radio: árbitro corretíssimo. Parece que o Diego Real foi eleito o melhor em campo! Bingo de novo! Minha solidariedade ao Cruzeiro (e aos demais clubes que sofreram na primeira fase nas mãos da arbitragem). Coitado (no sentido latissimo da palavra) do Cruzeiro que teve três pênaltis contra si em dois jogos. Vai para o Guiness. E ninguém fica vermelho. Ups: para quê, se todos já são?