http://www.osul.com.br/ (16.05.2015)
Um
caleidoscópio de assuntos: do ecossistema à minha Comenda
A
corrupção e o ecossistema criminal
É alarmante o índice de corrupção.
Escutando o rádio durante minha caminhada (quando a linha não caia por causa da
“eficiência” da Vivo), descubro em uma sentada um ninho de caruncho no
Ministério da Agricultura e mais leite adulterado. E na CPI da Petrobrás, a
doleira canta música de Roberto Carlos (Amada Amante) e vaticina: sem corrupção
o Brasil não anda. Binguíssimo. Também acho. Deveríamos legalizar a corrupção.
Afinal, não querem legalizar a droga? Qual é a diferença? Façamos uma lei pela
qual seja permitido meter a mão em no máximo 10% do valor do contrato. Quem
ultrapassar paga com pena de 20 anos, sem progressão de regime. Assim
lucraremos sempre uns 15%. O que é melhor? Perder no ralo da corrupção 25% ou
institucionalizar a perda de “meros” 10%?
Tenho escrito nesta coluna que o
problema da corrupção em Pindorama é o desequilíbrio no ecossistema do crime.
Os predadores estão perdendo a batalha. Se os caranchos não comem os ovos das
caturritas, vira praga. Simples assim.
Pior é que, ao lado da corrupção
endêmica (ou pandêmica), temos a violência. Porto Alegre é uma vila de
faroeste. No governo passado demoliram uma parte do presídio central. E nada
colocaram no lugar. Como há anos pouco se faz nessa área, temos bizarrices como
o cancelamento de uma operação da Polícia para prender uma quadrilha de roubo
de carga. Não tinha vaga para os presos. Solução: cancelar a operação. Simples
assim. E os quadrilheiros se foram a la cria. Nunca mais os pegarão. Tsk, tsk,
tsk. Será que os governos não vão entender que não haverá prosperidade sem
segurança?
A
prosperidade da Federação Gaúcha de Futebol...e a pobreza dos clubes do
interior
Os blogs esportivos espalham a boa nova:
Das 26 Federações de futebol de Pindorama, 15 terminaram 2014 com superávit,
enquanto cinco tiveram déficit - seis entidades não publicaram os resultados
financeiros no site da CBF. Claro que o
maior lucro foi o da FGF (Federação Gaúcha de Futebol): R$ 3.644.482,82. Sim, é
isso mesmo que vocês estão lendo. Enquanto os árbitros de futebol viajam com
seus próprios automoveis e há aperto nas diárias, a Federação tem a burras
cheias. O campeonato Charmosão deu um baita lucro...para a Federação, é claro.
Os clubes do interior estão com pires na mão, matando jacaré a botinaço, mas a
Federação vai muito bem, obrigado. Casagrande e senzala. Com a palavra os pobres clubes. São como os
antigos servos da gleba... Ups: até na metáfora somos pré-modernos.
Jornalista
esportivo assume clube do coração
Leonardo Menegheti saiu do armário e
assumiu ser colorado. Ótimo. Assim devem proceder os demais membros jornalistas
esportivos que escamoteiam sua paixão clubística. Parabéns ao Leonardo. Mas, a
propósito: alguém duvidava que ele era colorado?
Terceiro mundo não é destino...é
vocação!
Um dos indicativos de terceiromundismo são os
aeroportos. Em Porto Alegre, no aeroporto pequeno (velho), tem uns gaiatos que
tem o monopólio dos barzinhos. Dentro e fora da sala de embarque. Caro e ruim.
Não acertam nem o pão de queijo. Pior de tudo: em vez de venderem café passado
(de boa marca e não de casca de amendoim), torturam os clientes com café
daquelas máquinas tipo Nescafé. O café cheira a terceiro mundo. O barzinho
exala uma essência de terceiromundismo. Que decadência. E chinelagem.
Comendador
Streck
Juntamente com outras ilustres figuras como o Prefeito
Fortunati, o Presidente do TJRS, Des. José Aquino, o Conselheiro do TCE Algir
Lorenzoni e o sempre Provedor da Santa Casa Dr. José Sperb Sanseverino, fui
agraciado com a Medalha da Ordem da GRan Cruz do Ministério Público gaúcho.
Quanta honra e felicidade. Abraços a todos que lá estiveram na quinta-feira.