Eu já passei por muitas decepções amorosas na vida, mas um tombo tão rápido e desavisado como dessa vez, eu confesso que não esperava. Tu chegou logo depois de outro grande amor, de outro rompimento traumático como tantos foram nesses últimos anos. Logo me fez curar as feridas. Cicatrizei e me enchi de vida. Tu me mostrou os álbuns das tuas viagens pela América e pelo mundo e eu prometi. Nós prometemos. Prometemos que faríamos isso juntos. Eu. Tu. A América.
Um mês atrás eu não via limite para nós. Paixões são assim mesmo. E perceber que não dá mais para ficarmos juntos, mesmo com amor, dói. Dói por ser de comum acordo. Dói por saber que tu merece algo melhor. Dói por saber que logo tu vai estar com outro. E como em todo coração despedaçado e machucado, eu vou morrer de ciúme. Vou tremer de raiva. Vou chorar pelos cantos. Vou falar mal de ti pros meus amigos. Talvez doa ainda mais saber que tu vai voltar. E que até lá o coração não vai esquecer da nossa viagem. Eu. Tu. A América.
Roger, meu primeiro ídolo do Grêmio. Hoje quando o jogo acabou, eu peguei a tua 6 e guardei no meu armário. Não vou seguir o conselho dos amigos: "Esquece e segue em frente". Não. A tua camiseta 6. A minha primeira camiseta do Grêmio, que nem é mais Tricolor, já é marrom, vai ficar esperando. Esperando a nossa viagem. Eu. Tu. A América.