quinta-feira, 2 de março de 2017

Coluna do Guberman

A SEMANA DO GRENAB

Esta semana temos o Grenal que, por razões óbvias, mudou de nome: Grenab. E, em decorrência disso, a IVI naturalmente se assanha. Com efeito, desde sábado, após a nossa vitória sobre o Cruzeiro e a deles em cima do Brasil de Pelotas, nossos isentos conhecidos têm-se esmerado na isenção hercúlea e nas distorções de praxe. Nada de novo sob o sol do Rio Grande, salvo um ou outro novo pequeno  isento que antes rastejava sob as pedras da rádio nal-nal e agora quer passar ao time principal da IVI.
Aliás, a campanha que este tipo tem feito nas ondas da rádio é a prova de que as redes sociais azuis têm poder e o Blog é temido. Tanto que o tenta usar o novo isento para forjar-se um lugar. Pronto, beócio amigo, conheceste o ápice. Falei de ti na Coluna. E chega.
Vamos, porém, dedicar-nos a dois clássicos ivistas: Diogo Pipoca e Wianey Banheirão Carlet. Há anos na liça e não aprenderam. Um, muso de Abu Dhabi; outro, anão de Viamão. Sempre que os vejo, leio ou ouço, lembro-me daquela velha propaganda da vodka Kovak: “eu sou você, amanhã”. Pois olhem que todas as vezes que Pipoca olha o Velho Tio WC, mais que depressa, canta a frase. Até porque não há duas almas mais idênticas na imprensa rubra que essas duas figuras caricatas do mundo vermelho da imprensa gaúcha. Falo do futebol somente. Não há PDF mágico que dê jeito. Esse semana, falaremos do Wianey. Semana que vem, do Pipoca.

A semana do Grenab abre uma miríade de oportunidades para que os isentos demonstrem toda sua força de vontade e manifestem-se no esplendor da ignomínia rubra. Insistem ( e desde antes dessa semana, diga-se) que os times estão em mesmo plano e até ousam sugerir que o sci anda melhor. Vão usando, todos os anos, a mesma espécie de argumentos e desconstrução. Duvidam? No dia 26, pleno domingo de carnaval e dia após a vitória dos times, Wianey, do alto de seus saltos, saiu-se com a coluna sumiço. Alertava o cerúleo colunista que o Grêmio sumira e seria um mero time comum... Chamem o Comissário Maigret, meus senhores. Para onde teria ido o campeão da Copa do Brasil. Isso o Sr. Carlet, em meio aos seus devaneios travestidos de verdade, não responde na sua coluna cheia de lugares-comuns e erros de concordância. No entanto, já para os meninos de KKK-Zago, o rubicundo WC, “estão adquirindo cara de time” que estaria a apresentar o “mais expressivo avanço tático (...) na equilibrada forma de atacar”.  Indaga-se pelas bandas da Ipiranga se o velho cronista de resultados não estaria sob os mesmos efeitos dos diuréticos que certa esposa não localizada deu a um jogador cujo nome eu não declinei em momento algum. De fato, que jogo terá visto o Carlet? Até porque todos sabemos a quem creditar a magra vitória sobre o Brasil de Pelotas, não é? Aliás, o SCI vasculha o mercado em busca de novos árbitros, já que os do plantel atual não estão rendendo o esperado.

Mas é na análise dos jogadores que o Velho Wianás se esmera: baseou sua “análise”isenta no futuro. A velha pitonisa de Viamão lascou o seguinte, quando perguntado sobre se escolheria entre Ramiro e Charles: “Charles é um volante em crescimento(...). Fico com Charles por ter melhor futuro”. Durma-se com um barulho desses. Aproveita o teu dom premonitória, Obsoleto Carlet, advinha os números da Sena e aposenta-te! Que profissional, se é que podemos ofender os profissionais chamando WC de profissional, basearia sua análise em uma frase sem nexo e totalmente sem sentido? Um profissional Isento, membro daquela confraria vermelha nossa conhecida e que ainda dá espaço para os abutres da estirpe wianista.

O Juiz da Comarca não participará do jogo. Está sofrendo de lesão do músculo monetário. Uma lesão no bolso adutor direito, disseram-me em um tuíte.  A IVI, porém, não foi investigar a razão da ausência do fala fina. Aqui, porém, se dirá: ele não está sendo pago. Há dívidas pendentes que remontam a 2015! Por isso que ele não quer jogar. E isso, nem sob tortura, se verá escrever nas colunas dos próceres da IVI sobre o pequeno galinho chiliquento que veio por amor. Como diz o meu querido amigo Marcos Vargas,  Nobre e Augusto Conselheiro, Barão de Panalpina e Conde de Sarandi, por amor sai muito mais caro. E eis aí. Junta a dívida  do portenho e tem-se o queridinho da IVI a ser blindado de tal forma que as únicas colunas que se viram na ZH sobre a ausência dizem nada com coisa alguma, com especial menção àquela escrita pelo Wianey que apenas indica que se desenha a ausência do “D’Ale”. Escreveu “d’ale” já se sabe o que vem depois: isenção e blindagem. 

Mais do que depressa, o diligente vermelho saiu-se com a coluna-espelho gremista: falando ser uma imprudência escalar o Barrios para o Grenab. Claro que seria! A imprensa brasileira em peso, acima do Mampituba, elogia a contratação, mas, na província, é temerário escalar o jogador que, inclusive, já está treinando. Todavia, tal prática é usual: qualquer notícia vermelha que tenha contornos de coisa ruim tem de ser pareada com uma coluna mostrando que algo ruim acontece no Grêmio. Deve ser temerário mesmo. Vai que William-Cotovelo entre para machucar o jogador, como ele fez com o Bolaños ano passado... 

Como vêem, faltará muito para que esses neófitos da IVI alcancem o padrão Wianey de isenção. Ora, no Parque dos Dinossauros, recentemente, falando sobre o Grenab, Wianey, ao lado de Mortadela de Salmão, vituperavam contra os comentários que “ouviram”contra a arbitragem local para o jogo. Como se abespinham quando alguém fala a verdade sobre os erros humanos dos juízes que servem ao Presidente Conselheiro Isento da FGF!  No entanto, esquecem que, nos últimos dez clássicos pelo Ruralito, houve quatro empates e seis vitórias do Sport Club Caiu no Gauchão é pênalti.  No entanto, nos últimos dez clássicos pelo Brasileirão, o quadro muda radicalmente: temos quatro vitórias do Grêmio, quatro empates e duas vitórias do sci, sendo que uma delas o árbitro foi local. Por que nunca um só cronista da Província de São Pedro escreveu sobre isso ou, ao menos, fez uma pequena pesquisa, ainda que perfunctória sobre o tema? Tirem suas próprias conclusões não sobre os jogos, mas o motivo disso. Claro que não existe IVI, é mera paranóia.

 Estamos na quarta-feira de cinzas. A coluna sairá amanhã, mas escrevo hoje, quarta-feira, o que me lembrou do velho adágio que encerra as Matinas de Cinzas: “in homine habitat veritas”. Dentro do homem mora a verdade.  A IVI mudou tão sagrada máxima: “In homine habitat veritas: quam rubrum in hominibus, in quo habitat in mendacio”. Dentro do homem mora a verdade, salvo dentro do homem vermelho onde mora a mentira.
Flavio Guberman