sábado, 31 de março de 2018

Coluna de Flavio Guberman

A FINAL AFINAL.
  E chegou a final. Gauchão. Não lhes vou mentir, tampouco atenuar a coisa, mas há aqui um misto de alegria, temor e indiferença. Desde logo aviso: claro que assistirei e torcerei muito pelo Grêmio que, afinal, pode estar jogando amistoso com time reserva do reserva, mas eu estarei lá assistindo e torcendo porque, afinal, é o manto Sagrado Tricolor em campo. No entanto, assistir não quer dizer que eu dê importância ao campeonato manipulado da FGF.
Já esclareço: sou contra os estaduais. Todos eles. São torneios engana-bobos, viciados e, no caso especial do RS, dirigidos a um resultado. Foi bom eliminar o inter? Evidente, sempre é. No entanto, temo que o xavante, cujo caráter pode ser representando pelo voluntário enfraquecimento da equipe diante do inter na série B, possa fazer aquilo que o sci não conseguiu (embora tenha tentado muito): machucar nossos jogadores. Temos partida importante dia 04. Esse jogo de final não pode ser comparado com o que realmente importa: Libertadores, Campeonato Brasileiro e Brasileirão.  E por quê? Porque lhe falta credibilidade e honestidade.

Não é um campeonato honesto. Ao contrário. A IVI e a própria FGF, fardadas como de hábito, montaram o circo para o time de predileção, aquele bando “redimido” (nas palavras da folha auxiliar da Ipiranga), abiscoitar a taça. Só que faltou combinar com os russos e, assim, viram os isentos o naufrágio da celebração antes do tempo. Foi patético. No dia do nosso 2X1 no beira-remendado, havia aquela tacinha lá que foi esquecida até duas quartas-feiras atrás quando entregue ao Brasil de Pelúcia. 

Eliminados da competição, saiu-se Diogo Pipoca com o lado bom da eliminação, lembram-se todos disso? Depois houve as laudatórias do “jogo importante para preparar-se o ano”. Esperem um minuto. A que jogo eles se referem? Talvez ao jogo clássico “Eliminados-redimidos x eliminados-não redimidos” no sábado... E como assim “preparar-se o ano”? Então o ano ainda não começou? Mas o Ruralito não era uma mini-libertadores? Ou perdeu a importância quando o time do coração caiu?

E após passar a semana exaltando o Brasil de Pelotas e sua inigualável categoria (que só se classificou na bacia das almas), o Diogo Pipoca, o Olivier que gosta da rima, saiu-se hoje na zh com aquela pérola preciosa de isenção diretamente dos manuais procedimentais da IVI: nós não ganhamos nunca. Para Pipoca e sua soberba vermelha, a vitória já é do Brasil, qualquer seja o resultado em campo por já ter chegado à final. Ou seja, de modo muito insidioso, o que quer o Olivier Bonifrate faze é meramente desqualificar o resultado de uma possível vitória nossa e, caso ganhem eles, fazer uma celeuma gargantuesca.

  E a ZH hoje esmerou-se. Ao lado da reportagem de página inteira do Diogo Olivier, há outra, de Zini GluGlu Pires. Mas que coisa! A ZH pôs lado a lado duas baita malas criando aquela tensão de quem quer parecer mais malvadinho. Se jogar água quente em cima, vira canja. 

    Veio o Zini Piaçava no Queixo, o Gluglu, dizendo que há um jogador xerife que, sozinho, enfrentará Luan, Arthur, a Arena, os Rebeldes da Galáxia, os Vingadores, os Power Rangers, o Spectroman e o National Kid. O jogador xavante nem disse isso, disse que respeitava o Grêmio e tal. No entanto, Zini, o fascinado que quer tomar de Pedro Ernesto a presidência da IVI, esmerou-se (como esmerando-se já vem há tempos) na distorção distópica da realidade para forçar uma situação de conflito e rivalidade que, na verdade, nunca existiu (e nem existirá). O que Zini está fazendo é o que a psicanálise chama de projeção. Provavelmente ele já tinha feito algum texto com um jogador colorado ali e, como foram eliminados, ele substituiu o nome. E eis aí o problema dele resolvido.


E ainda há os que querem dar importância ao gauchão quando, notoriamente, o circo está armado, até com a trazida para a decisão dos dois mais célebres cérberos da arbitragem humana da FGF. Daronco e Vuadem. Leiam a estatística dantesca que o RW trouxe aqui no blog sobre as nossas vitórias quando Vuadem está no apito. Lembrem do último gre-nal e da risada dele quando nosso jogador foi ao chão em infração não marcada por ele. Preciso dizer mais? Ainda realmente crêem nesse campeonato?

Espero, sim, que ganhemos amanhã. Até pela afronta que se fará ao establishment colorado que domina a FGF e a imprensa. Só que meu maior temor não é o jogo. É o extracampo, o insondável espectro de perder-se um jogador importante em uma tirada violenta irresponsável que ficará impune.

Quero finalizar a coluna de hoje desejando a todos os amigos do Blog uma Feliz Páscoa ou Chag Pessach Sameach, conforme o caso. Que todos tenhamos paz, luz, serenidade e que consigamos libertamo-nos daquilo que nos escraviza. Eu bem sei que qualquer guasca, bem pilchado, de faca, rebenque e esporas, não se afirma nos arreios da vida, se não se estriba na proteção do Céu. Por isso, desejo a todos um excelente dia pascal e que O Patrão Celestial abençoe-nos e proteja-nos e às nossas famílias e amigos!

  Nossa conversa semanal terá uma pausa de algumas semanas porque obrigações de trabalho e familiares farão que eu me ausente. Até a volta!