Reprodução autorizada pelo autor
Sonho
nacional
Gilberto
Jasper
Jornalista
– gilbertojasper@gmail.com
A
fase quente da Copa Libertadores bate à porta. O Brasileirão começa
a engrenar e a Copa do Brasil está na hora da verdade. O primeiro
semestre é um “engana bobo”. O Gauchão pouco acrescenta em
termos técnicos. Serve apenas para avaliar os talentos emergentes e
contratações. Nesta época, os demais certames - brasileiros e
continentais - são incipientes, com adversário pobres tecnicamente.
Há
muito tempo os times gaúchos têm como única meta viável a
conquista de uma vaga na Libertadores. O sonho de levantar o
campeonato brasileiro parece cada vez mais distante, apesar dos
presságios de que talvez tenham, em 2019, um ano melhor.
O Grêmio navega em águas
financeiras tranquila. Saneou as finanças e tem uma política de
venda programada dos talentos da base. Já o Inter estancou o déficit
orçamentário e montou um time competitivo que fez bonito na fase de
grupos da Libertadores.
Mas
nós, torcedores da dupla que vamos ao estádio, compramos pacotes
para ver os jogos na tevê queremos mais. É inadmissível não
superar Palmeira e Flamengo, por exemplo, apesar do poderia
financeiro que os diferencia. Temos estádios modernos, organização
e dirigentes modernos. Diferente de alguns clubes tradicionais como o
Vasco da Gama, cujo passatempo é voltar à Segundona graças à
eterna guerra política.
Algum
mistério fortalece a incapacidade de ir além da vaga para o torneio
anual da Conmebol. Gastamos muita energia na busca deste título
intercontinental. Ao acordar da frustração estamos distantes do
líderes do Brasileirão.
Ganhar
a Libertadores rende fama, dinheiro e prestígio, além do direito de
disputar o Mundial FIFA com visibilidade planetária. Conquistar o
Brasileiro, porém, infla nosso orgulho, afinal, somos “os dono do
campinho”, com direito à flauta com amigos de os outros.
Libertadores
sim, mas um Brasileirão é tudo de bom, passaporte para a “corneta”
de pelos menos um ano. Sem falar do fim do jejum!