Haja paciência19/11/2012 | 00h34Atualizada em 19/11/2012 | 01h14
Empresário de Bolívar rebate: "Se vier à tona tanta coisa será um ventilador sem fim"
Neco Circe afirma que tomará medidas "extra-vestiário" caso a imagem do zagueiro seja abalada
Alexandre Ernst e Leandro Behs
A terceira derrota seguida do Inter no Brasileirão expôs a fragilidade do vestiário colorado em 2012. Durante as explicações pelo 2 a 0 para o Corinthians, Fernandão foi questionado sobre os motivos pelos quais o zagueiro Bolívar não havia sido relacionado para o jogo — seria suplente de Moledo e de Índio. E Fernandão, relembrando a dura entrevista após o empate em casa com o Sport, revelou:
— Pela primeira vez, ele (Bolívar) se negou a ir para o jogo. Convoquei o Romário (do sub-23) e já passei isso para a direção. Eles vão tomar a decisão. Bolívar tem histórico aqui. É um ato de indisciplina. Tem que existir cobrança. Mas, agora, a decisão é da diretoria.
Desde o episódio do protesto de torcedores no aeroporto e da tentativa de invasão ao treino, no final de agosto, após a derrota para o Coritiba, Bolívar ganhou algumas regalias da direção. Visado, junto com Kleber, teve o direito de não ficar no banco de reservas. Porém, como Juan não conseguiu uma sequência de jogos e Jackson se lesionou, o camisa 2 acabou exposto, pois precisou atuar na derrota para a Ponte Preta. Antes disso, jamais foi colocado no banco.
O empresário de Bolívar, Neco Cirne, afirmou que não ouviu a entrevista de Fernandão. Foi avisado das declarações por um telefonema de um funcionário do clube. Disse que, ainda que Bolívar tenha sido convocado para a partida , o técnico passou a culpa pela situação do time ao ex-capitão.
— O Bolívar não mente, não é vaselina. Se tiver de dar um peitaço no D’Alessandro, ele dá, para o bem de todo mundo. Tem pessoas ali dentro que são vaselina. O Bolívar não foi para o banco. É um problema? Não é ele quem resolve o jogo, quem está jogando está caminhando. Até minha filha de cinco anos sabe disso — explodiu Cirne.
Na terça, segundo o empresário, Bolívar se reapresentará normalmente. Se as declarações prejudicarem a imagem do zagueiro, promete tomar medidas além do vestiário para recuperar "a conduta e o moral" do jogador. Neco Cirne lembrou que o contrato do zagueiro com o Inter vai até o final de 2013 e que há muito a ser dito além do vestiário.
— Não pode ter mentira no negócio, tem de ter verdade. Se vier à tona tanta coisa será um ventilador sem fim. Mas jamais o Bolívar vai fazer isso porque ele tem um respeito muito grande pelo Inter, pelo Fernando Carvalho e pelo Giovanni Luigi. Como tem pelo Vitorio também. Todos eles sabem da conduta do Bolívar dentro do Inter. Nenhuma pessoa vai abalar a conduta e a moral dele. Isso a gente não pode deixar — concluiu Circe
Em ZH de hoje
Os jornalistas nos informam que Dalessandro está mudado.
Esqueceram a expulsão na Copa do Brasil.
Esqueceram o cascudo do argrentino na cabeça de um adversário no domingo passado.
Esqueceram de perguntar para o empresário de Bolivar (Neco Cirne) quem eram os vaselinas do vestiário "que não peitam o Dalessandro"
E de quebra apresentam uma declaração de Bolivar dizendo que o argentino conquistou a liderança naturalmente.
Tchau.
Pulei da barca.