sábado, 6 de setembro de 2014

Do Face (Flávio Guberman)


Tenho eu dito que o Grêmio foi sacrificado no altar da hipocrisia nacional e o caso do auditor Ricardo Graiche é mais uma prova disso, quiçá a prova derradeira. Como também o é a postura do Baldasso do MP, o Sr. Falastrão vermelho que escreve até """""indignadas """""""(entre muitas aspas) colunas no porta-voz do vermelhismo militante (ZH) mas que posta insultos e injúrias ao Grêmio em suas páginas pessoais.
Mas aqui falarei do Greiche, esse lindo.
Não comentarei a postura dele durante o julgamento, tampouco que ele foi um dos mais exaltados anti-gremistas que jamais vi. Só que ele comemorou a condenação como uma vitória pessoal.
E aí eu vi as postagens dele nas redes sociais. Todas politicamente corretíssimas caso ele fosse um membro da ku-klux-klan
Só que vindo de um auditor do STJD, templo máximo das vestais nacionais, isso é um acinte. O Sr. auditor, que responsabilizou o clube pelas injúrias proferidas por alguns (que foram identificados), foi de um extremo mau-gosto, disseram. Não foi injúria no caso dele, foi só mau-gosto. Taca-lhe pau na Geni, mas o caso do auditor foi só mau gosto. E mais: o presidente do STJD disse que o órgão não pode ser responsabilizado pelo comportamento do auditor. PAREM AS ROTATIVAS! O presidente do STJD é o Rech ou o Farid daquele tribunal! A moral gelatinosa dos santarrões de plantão é maniqueísta e sofista. Pode tudo, só não pode ser o Grêmio. O auditor levantou-se e apontou o dedo indicador contra cada um dos quase oito milhões de gremistas enquanto abusava da figura de um bebezinho negro, enquanto destilava o seu abjeto preconceito contra os pobres e pretos... Mas se sentiu mui a gosto para dizer que os racistas somos todos nós. Sim! E então? E toda e qualquer pessoa, salvo os gremistas, pode proceder a quaisquer injúrias em campo, pode matar torcedores a golpes de vaso sanitário ou de sinalizadores, pode espancar adversário, pode se aproveitar do nome do outro ser atirado na lama para fingir-se de vítima e achar que se ganhará com isso, inventando-se um passado ilibado.... A moral relativista do Sr. Graiche e dos seus pares tudo permite. Só não permite apurar a verdade, só não permite combater de verdade os absurdos em campo e nas arquibancadas. Racismo é crime, Sr. Graiche. Preconceito é ilícito, Sr. Graiche. Inclusive o seu. E por isso, hoje, temos, de um lado, o Grêmio de Foot-Ball do Capeta Porto Alegrense e, de outro, equipes santas e virginais, compostas só de Madres Teresas de Calcutá e de Papas Franciscos, cujas torcidas são todas de Irmãs Dulces e Madres Paulinas. Dois erros, lembro sempre, não fazem um acerto.