domingo, 25 de outubro de 2015

A ideologia do pontinho fora (Lenio Streck)


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Mais do menos e menos do menos: a ideologia do pontinho fora (IPF)
É incrível como se propaga a IPF (Ideologia do Pontinho Fora). É o mesmo que administrar uma cidade e se contentar em pintar o meio fio das calçadas. Time grande, com ambição, não se contenta com IPF. Time com ambições para além do meio fio da calçada não se contenta em empatar com o Vasco-mortinho-mortinho. Time grande e com ambição não toma gol de um jogador chamado Apodi aos 50 minutos, de contra-ataque. Se Apodi "podi" (desculpem o trocadilho infame, mas mais infame é perder de virada para a Chape, pois não?), então devemos contratá-lo e colocá-lo no lugar de Pedro Rocha, que, de novo, contra o Vasco, nada jogou. Apodi para o ataque. Urgente.  Talvez Apodi no lugar do centroavente fincado-aipim. Sim, ao lado da APF, há outra ideologia retrógrada e que tem muitos defensores: a TCF, a Tese do Centroavante Fincado.
Finalmente, time grande e com ambições não cobra seis escanteios  dos quais dois são para fora e três no primeiro pau (só contei até o sexto). A terceira "novidade" perigosa é permitir que os dois laterais se comportem como dois avantes e desguarneçam a defesa. Aliás, por onde entraram os ataques nos últimos 6 ou 7 gols que o Grêmio levou? Verdadeiras bolas-nas-costas.
Lembro até de um comentário na ocasião do jogo Grêmio e Avai, em Floripa: um pontinho até vai bem. Ainda bem que nessa vez o Roger não acreditou.