Rogerio Bohlke (Facebook)
11 min ·
MINHA SAÍDA DA RÁDIO GUAÍBA
Pessoal ! Este será minha última postagem sobre o assunto. Haveria "material" para várias outras mas, não dá para "virar o fio", pois ai o cara também se torna "mala", né ? E sobre "ser mala", tenho uma preocupação e um consolo. A preocupação, é de me ternar um (mala) e o consolo, é o dese eu tiver me tornado um, não saberei. O mala não sabe que é, logo...
O motivo da interrupção desta "série", já quase novela, é o iminente acerto com uma emissora. Ainda não dou detalhes pois faltam alguns ( detalhes) e como se trata de uma rede, com várias emissoras, falta definir em qual seria ou será.
Bom , então pra "fechar" o assunto. Em suma, fui demitido por dois motivos básicos. Quem manda na emissora, respaldados pela igreja, são o Nando Gross e o Cristiano Silva, respectivamente, Diretor Geral e Coordenador de Esportes.
Bueno ! O Nando Gross quando chegou na Guaíba, deu várias entrevistas sobre como seria sua maneira de dirigir a emissora. Recentemente deu uma bela entrevista para uma rádio de Santa Maria, onde esmiuçou bem isso. Para ela, a Guaíba era uma emissora muito voltada ao passado, e ele queria transformar a rádio, numa emissora "com passado", mas voltada para o futuro.
Bom, assim sendo, ele tratou de se livrar de profissionais que, na ótica dele, não preenchiam este perfil. E em setembro, chegou a minha vez. Como pode se observar, agora só restam, dos "velhos", do tempo do Luiz Carlos Reche, Orestes de Andrade, Flávio Dal Pizzol e o Léo Jorge, e estes dois últimos, penso, apenas por terem estabilidade.
Por modernizar a rádio, há espaço para jovens mais atilados com as redes sociais, futebol americano, futebol internacional, MMA, esporte motor e por ai vai.
Sou mais do futebol gaúcho, de história do futebol, de craques do passado, enfim, 'estou na contra-mão" do que quem manda quer.
Assim sendo, meu estilo não agradava, nunca agradou, aliás. Aliou-se a isso, a "suspeição" infundada de que eu era um dos "denunciantes" das irregularidades da empresa, pelo fato de eu ser amigo de pessoas ligadas ao sindicato e de outros, "mal vistos" na emissora.
Repito, nunca havia feito denúncia alguma, ainda. Começaria a fazer agora, não sem antes, tentar resolver o problema, indo conversar com os diretores e coordenadores. É o meu estilo. Antes, embora pudesse, não tinha o porquê de denunciar. Agora, como delegado sindical eleito, sim, tinha o dever.
Nunca conseguir convencer ao Nando Gross e ao Cristiano Silva de que eu não havia feito denúncia nenhuma. Sabia da autoria de algumas, de outras não, enfim.
Bom, mas se quando eu estava lá não consegui isso, não vai ser agora. Se, no lugar de corrigir eventuais irregularidades, preferem achar quem as denunciou, paciência. Saio com a consciência tranquila.
Então, com isso, além de não gostarem do meu trabalho, do meu perfil profissional, estas duas pessoas passaram a não gostar também de mim como pessoa. E ai, só agravou minha situação por lá.
Um dia, na sala do Nando Gross, disse para ele: Nando, não vai me convidar para os 15 anos da tua filha e nem eu para o casamento da minha. Ou seja, tu não fechas comigo, mas vais ter que me aturar. Tenho estabilidade e tal....
Achei que isso bastava. Eu não era de faltar serviço, nunca me recusei a cumprir escala, embora não houvesse mais clima para mim no esporte, pois "minado", alguns mal me cumprimentavam, talvez por calúnias como , "graças ao Sindicato vai acontecer tal coisa....", enfim.
Ai o Nando disse bem assim; Não me preocupo com estabilidade. Isso é com o jurídico. Quando eu não quero mais a pessoa, passo o caso para a direção e pronto. E foi o que houve.
Agora a justiça vai decidir se minha estabilidade de cipeiro e delegado sindical vale ou não. Aguardemos. Se valer, serei reintegrado. Claro que não há nada que obrigue a direção a me recolocar nos mesmos espaços. Mas dai a gente conversa, se acerta. Já há casos semelhantes. Já vou estar em outro prefixo, também.
Bem, só comecei a escrever sobre minha saída, como já disse, em respeito aos mas de 500 ouvintes e amigos que me questionaram sobre isso.
Sobre colegas, sempre que alguém "perdia o emprego", eu me manifestei nas redes, desagradando as chefias. Não foi assim comigo, agora. Mas, também faz parte, Eu vou continuar agindo da mesma forma.
Então gente, é isso. Sobre o Nando Gross e o Cristiano Silva, o que eu acho ? Dois grandes profissionais. O Nando é um baita comentarista, ótimo apresentador e responsável por algumas inovações no rádio, como trilhas musicais, nas passagens dos programas, vinhetas, introdução de personagens humorísticos, como o Et, o Alemão Von Mitsen, o Batata Pimentão. E o Cristiano ? Um dos melhores repórteres do momento. Perguntas incisivas, boa voz, bem informado, coragem nas proposições, bom no debate. Isso é o que eu acho deles, tendo eles o mais amplo direito de não gostarem de mim, profissionalmente e pessoalmente. Não mistura as coisas.
Aos meus amigos que por lá permanecem, boa sorte. Aos que não são mais ou que nunca foram, mal não desejo. Bola pra frente. Mágoa ? Apenas uma : A de ter sido acusado por uma coisa que eu não fiz. Mas, como já disse. Não posso provar o contrário então, deixemos assim.
Sobre a direção "não laica" ? Pouco a dizer. Nem sabem onde estão. O atual diretor, uma vez, falando comigo, nas raras vezes em que conversei com ele, no fórum, até, e eu lhe disse que esta preocupado com o horário pois tinha que ir até Gravataí, ele me perguntou onde ficava esta cidade. Já estava aqui há três anos.
Uma outra vez, quando demitiram o Milton Milton F. Jung, um outro, reunido na sala da direção, vendo pelas câmaras de segurança a redação, perguntou para outra pessoa, quem era o Milton F. Jung, pois queria lhe dar um abraço de despedida. Ou seja, não conhecia o "novato" Milton F. Jung, que só estava na empresa há 50 anos.
E ainda sobre a saída do Milton, junto com a do Celso Costa, chefe da Técnica de Externa, fundador da rádio, funcionário desde 1.957, a direção fez uma festa para ambos num restaurante, convidando alguns funcionários. O Milton F. Jung não foi. E fez bem, acho. Botam um ícone do rádio para a rua e querem homenageá-lo.
Celso Costa foi e, por uma coincidência, um outro senhor, que estava no restaurante, sentou-se ao seu lado, para conversar. Era amigo do Celso Costa. Nisso, um dois diretores chegou e inferiu que aquele senhor era o Milton F. Jung e lhe deu um forte abraço, desejando-lhe muita sorte, chamando-lhe de seu Milton F. Jung.
Com isso sobre os diretores "não laicos", nem é preciso dizer mais nada né ?
Então é isso ! Aguardem novidades para breve. Obrigado pelo apoio e até uma próxima em outro prefixo.