terça-feira, 24 de julho de 2012

Fernandão,como diretor técnico, na visão de Roberto Siegmann.Entrevista para o Sul21

Imperdível a entrevista de Roberto Siegmann para o Sul 21.
Aborda temas polêmicos.Sem rodeios. (agosto 2011)
Vale a pena ler.
Transcrevemos a parte relacionada ao Fernandão como Diretor Técnico.
A entrevista na íntegra encontra-se no link
http://sul21.com.br/jornal/2011/08/roberto-siegmann-inter-peca-em-democracia-e-transparencia/

Sul21 – O que o senhor acha da presença do Fernandão como diretor técnico?
Roberto Siegmann – Acho trágica. Há uma cultura de idolatria no Internacional. Tudo o que voltar a 2005-2006 é uma maravilha. Vários jogadores foram contratados – Renan, Tinga, Bolívar, Sóbis – no anopassado, na mesma ideia do De Volta para o Futuro I, II, III, etc. O futebol está aí para nos desafiar, para que inventemos novos modelos e posturas, não para a gente ficar se repetindo. No imaginário do presidente, ele pensava em alguém que pudesse discutir a escalação com o treinador, interferir na contratação de jogadores e tivesse uma boa relação com eles. Nós já temos o Fábio Mahseredjian, o Élio Caravetta (preparadores físicos) e mais duzentas pessoas que têm relação com os jogadores. Não precisa mais gente. Sobre discutir a escalação: nenhum técnico com quem eu já tenha trabalhado que admita uma pessoa como o Fernandão dando pitacos sobre escalação. Até é admitida a intromissão de um dirigente quando as coisas estão ruins, mas de um ex-jogador que recém se aposentou? Nenhum treinador reconhecerá e admitirá a legitimidade nesta figura. O Inter, então, criou um monstro.

"Há uma cultura de idolatria no Internacional. Tudo o que voltar a 2005-2006 é uma maravilha" | Foto: Divulgação/Inter
Sul21 – Então o Dorival Junior não aceitará o Fernandão?
Roberto Siegmann – Claro que não. Eles terão problemas a não ser que o Fernandão aceite ficar fazendo nada. Se ele ficar numa zona de come-dorme, pode ser que funcione.

RW postado as 12:30 24.07.2012