Hoje completam 3 anos do falecimento do Professor Nilton Fischer.
Recebi a informação pela minha ex- mulher que tem vínculos com sua familia desde os tempos de Novo Hamburgo
Foi um choque.
Tinha contato diário com o Professor Nilton.Fosse pelo telefone ou por email.
Até hoje tenho registrado seu email na minha lista niltonbf@terra.com.br
Não tenho ânimo para retirá-lo da minha lista.Está lá.Na minha caixa de emails.
Nasceu uma amizade sólida entre nós decorrentes de longas caminhadas no Parque da Redenção.
Os assuntos preferidos eram futebol e política.
Por bastante tempo ele morou na Avenida Osvaldo Aranha.
Nilton Bueno Fischer era a prova de azuis e vermelhos podem conviver em harmonia.
Jamais tive qualquer discussão acalorada com ele sobre futebol.
Sua existência ficou marcada para inúmeras pessoas.
Seu trabalho no Galpão do Rubem Berta foi espetacular.
Era um militante das causas sociais.
Fiquei emocionado ao ler o texto de seus filhos hoje pela manhã (veja transcrição abaixo).
É um insubstituível.
Um começo
Não é fácil tentar descobrir um jeito de lidar com a perda. Desde 26 de julho de 2009, a gente tenta fazer isso todos os dias em relação ao nosso pai, Nilton Bueno Fischer: dom-pedritense, colorado, professor-mestre, amigo, colega, parceiro, companheiro, irmão, tio, sobrinho, filho. Um pouco de tudo isso em cada um de nós. Foram 62 anos de vida que se espalham para todos os lados, em diferentes formas, em convivências múltiplas ou únicas, dentro e fora da UFRGS, de Novo Hamburgo, de Dom Pedrito, Porto Alegre, Beira-Rio, Bom Fim, Jardim Botânico, Felipe Camarão, Oswaldo Aranha, Felizardo, Palo Alto, Urbana/Illinois. Talvez Nilton esteja no seu álbum de fotos, no seu caderno, na sua dissertação, na orientação da sua tese, na sua banca, no Galpão do Rubem Berta, nas escolas municipais e estaduais, na sesteada ouvindo o sala de Redação, ou naquele papo do bar do antônio, no churrasco com os irmãos, na sua caixa de e-mails, mas ele com certeza está nos nossos corações e mentes.
Nós humanos tentamos nos apegar à representação para tentar descobrir o que somos a partir do que fomos. Escrevemos, descrevemos, inventamos, nos retratamos, tentamos registrar, guardar, filmar.
O Nilton também era dessa turma, gostava da prosa. Escreveu para livros, para filhos (todos, incluindo você que teve no nosso pai um pai também, não tem problema, a gente sabe). Também apareceu em vídeos e fotos por aí. Estamos, hoje, lançando esse espaço, com o rubro do colorado e com um começo de exposição de textos do Nilton, textos para o Nilton, vídeos e fotos com o Nilton.
Começamos com o que já tínhamos digitalizado, mas há muita coisa guardada ainda para podermos resgatar. Certamente você também tem e está convidado a ajudar a colaborar.
Certamente esse espaço vai mudar porque essa tal de internet (e obrigado pai por ter sempre sido muito apressado em colocar computador, internet e tv a cabo em casa!) permite isso.
Guardar e renovar, memória e transformação. Chorar, mas também ir em frente. Vamos lá então, comente no site e também escreva para http://mail.uol.com.br/compose?to=sigamosnilton@gmail.com com a sua colaboração e sigamos sempre.
Gustavo e Janaina, julho de 2012.