ACUSADAS EM SÉRIE: A SEMANA EM QUE A IVI TORNOU-SE A IVII !
Na semana em que tivemos uma vitória maiúscula no Equador, jogando para escanteio o espírito do retrocesso que representa aquele discurso do pontinho fora e do “voltar vivo”, na semana em que vimos o nosso time jogar aquele futebol vistoso e com o qual nos acostumáramos (e que andava inexplicavelmente ausente das partidas do Brasileiro), na semana em que vimos o time deles perder em casa para o Ceará e que culminou com mais um chilique do Cocoricó Vermelho, em razão dos recentes eventos, a IVI, nas palavras do Conde de Pelotas, Igor Duarte, está igual Telesena: acusando de hora em hora.
A semana foi muito profícua, tendo sido até mesmo difícil escolher como e quais tópicos abordar. O que eu posso, desde já, adiantar, é que as lágrimas da IVI foram tão profusas pelos resultados de quarta-feira e de ontem (e porque não acertou uma só “previsão”, nem as catástrofes que vaticinaram em Guayaquil, nem os louros fáceis no Remendão), que a IVI virou IVII: imprensa vermelha isenta e inconsolável!
Ato contínuo à vitória de quarta-feira, vitória que nos encheu de orgulho e de esperanças, partilhando inteiramente a opinião de abalizados analistas de que foi uma aula de futebol ( nós não vamos aqui opinar sobre o jogo em si – à parte que fizemos certo e time que quer ser campeão não pode ser covarde, tem de partir para cima -, para isso, sugerimos a leitura da coluna do meu amigo, Marcos Vinicius Vargas, Conselheiro do Grêmio, gênio da análise e Barão de Panalpina), a IVII, amarga ao extremo porque suas ondas negativas não lograram êxito, preferiu enveredar pela velha e manjadíssima estratégia de “criar crise”. Ainda durante a transmissão, Maurício Saraiva, inconsolável, tentou desfazer da vitória e mesmo daquela foto icônica do Hugo de Leon com o rosto manchado de sangue erguendo a taça. Nas duas ocasiões, aliás, foi impedido de o fazer por Galvão Bueno. Ainda durante a transmissão, o mesmo Galvão contou os passes certos do time até o momento do gol do Luan (o segundo). E com qual comentário arrebatador Saraiva Sable Pissée fechou o comentário? Que Luan “batera errado”!
A coisa, porém, não parou por aí! Tampouco ali começou. Antes do jogo (queremos retroceder aqui uns dias e algumas horas), tivemos o exemplo do Grabauska, no mais puro espírito de se achar a filha do Rei Príamo, escrevera que o Grêmio tinha “que evoluir muito para fazer frente ao Barcelona”. No mesmo tom, Guerrinha, sendo justo e certeiro como borracho rolando lomba abaixo, fez vídeo no qual dizia que suaríamos sangue e outras previsões terríveis. Tanto a Cassandra de Canoas quanto o Tyrion Lannister da Ipiranga deram com os burros n’água. E continuaram após o jogo como se nada tivesse acontecido... E o pior: houve muito justino de almeida e seguidores propalando essas sandices sem qualquer fundamento. Sim, porque essas “colunas” e vaticínios eram o mais puro “chute”, o mais puro desejo de torcedores vermelhos travestidos de cronistas esportivos. Os comentários não tinham qualquer fundamento fático, técnico ou tático. Lendo-se aquele célebre texto do Mario Corso, tantas vezes aqui já citado, parece que se os descreve à la lettre!
E depois de uma tarde em que o ônibus com a torcida estava atrasado por problemas na fronteira (e vimos alguns intimoratos “jornalistas”secar chegada de ônibus), tivemos a partida que mostra o quão longe poderemos chegar (e faz-nos indagar novamente e a não entender o motivo pelo qual largamos de mão o Brasileiro), após o único representante do Brasil e do Rio Grande do Sul na Libertadores mostrar-se gigante, a torcida equatoriana gaúcha entrou em luto e o amargor cresceu exponencialmente. Gremistas comemorando, a imprensa do Centro do país derramando elogios mas a IVI, às 1h30 da manhã, já saia com coluna preocupada em criar crise. Pura paranóia nossa. Não existe IVII! No mundo inteiro, o Grêmio era o assunto pela vitória. No RS, a ZH falava da “crise” de renovação de Lua ou do “baixo número de licenciamentos”, como preferiu fazer coluna na quinta-feira o Irrelevante Zini GluGlu.
Notem, Senhores, que o modus operandi é sempre idêntico. Sempre o mesmo. Sem tirar nem por. Ainda duvidam? No dia seguinte, na quinta-feira cedo, o SporTV, no programa Redação, trouxe o amigo de vocês Diogo Pipoca. Primeiramente, os participantes da bancada do Rio, SP, MG e um jornalista do Nordeste cujo estado eu não me recordo, resolveram “brincar” com ele porque, no dia anterior, ele havia diminuído o Grohe (que novidade!, ele e vários amores da IVII fazem-no amiúde) e dito que o goleiro do Barcelona era melhor. O que fez o Pipoca, o jornalista que gosta da Rima? Resolveu insistir que o time do Barcelona tinha limitações mas que o certo fizera o Renato em abandonar o Brasileiro. Abandonar o brasileiro, vamos ar logo dizendo, foi um erro. Não estou falando em planejamento acertado. Tinha-se de ter poupado jogadores, sim, em alguns momentos. Mas não em todos os momentos em que foram feitos, não se podia ter incutido na cabeça de todos os jogadores esse “deixa para lá o brasileiro”. A maior prova disso? O fato de Diogo Pipoca insistir nisso e dizer que é o certo. Quando um prócere da IVII concorda, é porque algo errado há...
E assim passou a semana do lado azul. Do lado vermelho, tudo rosas e morangos. Após a Behsteira que Leandro defendeu de que o inBer estava “cansado da série B” e que todos esses “jornalistas” da IVII passaram a apenas marcar a comemoração da “volta” para ontem, houve um baldaço da água fria neles. Faltou combinar com a equipe cearense e com a realidade. A bolha, cada vez maior, está próxima a estourar. Como é possível tomarmos a sério “jornalistas” que fazem de tudo para não dizerem que o time de lá está na segunda divisão que, neste ano, apesar do nível mais baixo de todos os tempos, passou a ter enormes méritos, a ponto de eles defenderem a excrescência de que teriam mais facilidade na A? Sim, vimos isso ontem, perante o Ceará. Mas Ceará possível que eles não cansam de passar vergonha?
Durante a vitória do Ceará, o jogador Cuesta ofendeu novamente os jogadores cearenses. Dois jogos, duas atitudes reprováveis do argentino jogador do inber. E o silêncio sobre isso reinou novamente na imprensa esportiva gaúcha (se fosse em algum jogo tricolor, teria chamada especial até na seção de culinária). Novamente silêncio. Parece ter virado hábito tal silêncio quando jogador colorado é calhorda com colega de profissão. A imprensa gaúcha, com sua omissão, passou a ser cúmplice.
Entende-se, porém, o silêncio. O cocoricó chiliquento mandara os torcedores ralar nas ostras e os jornalistas estavam ocupados dando uma mão para justificar o inescusável. Todas as matérias sobre o chilique do chiliquento juiz da comarca, sem exceção, protegiam-no e criticaram os torcedores. Ninguém foi questionar, nenhum deles ousou dizer que a revolta dos torcedores era justa e, muito menos, nenhum deles veio indagar quanto custa cada gol do anão de voz fina. Que baita postura da imprensa. Insistimos que a IVII não existe, é pura paranóia. E assim terminou a semana. E a IVII não muda e não mudará. Seguirá usando os mesmos expedientes, as mesmas técnicas e as mesmas idéias para criarem crise no Grêmio e dourarem a pílula vermelha. E, assim, seguem a vida, travestindo de conteúdo jornalístico a pauta positiva vermelha.