sexta-feira, 23 de agosto de 2013

IMAGINEM SE FOSSE NA ARENA MALDITA

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Sugiro a leitura completa no link abaixo (COM AS IMAGENS)
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Beira-Rio avançará sobre calçada e pedestres passarão por baixo da cobertura 
Rodrigo Müzell/Agência RBS
Avenida Padre Cacique, em Porto Alegre, terá um recuo em frente ao estádio do Inter 
A alguns metros do chão, estrutura de metal vai invadir o perímetro da avenida
Foto: Rodrigo Müzell / Agência RBS
Paulo Germano
paulo.germano@zerohora.com.br
Não importa se você é gremista ou colorado: a partir do ano que vem, ao caminhar pela calçada da Avenida Padre Cacique, em Porto Alegre, qualquer pedestre estará dentro do complexo do Beira-Rio. 
Em uma integração inédita da cidade com um estádio de futebol, o passeio público passará embaixo da imponente cobertura da casa colorada. Como não haverá nenhuma cerca ou parede separando o pátio do Inter da rua, autoridades de trânsito revelam apreensão com riscos de atropelamentos. 
Para o teto do estádio avançar sobre a calçada, a prefeitura precisou alterar o projeto original de alargamento da Padre Cacique. O engenheiro José Dallaqua, da CBJ Engenharia, empresa contratada pelo governo municipal, explica que o traçado da avenida sofrerá um pequeno desvio em frente ao Beira-Rio. Em um trecho de cerca de 200 metros, a via será recuada para contornar a cobertura (veja no desenho abaixo). 
Ao circular pela calçada coberta, com nove metros de largura, os pedestres enxergarão de um lado as lojas e lancherias situadas ao longo da fachada do estádio. Do outro, verão os pedestais de sustentação das estruturas que compõem a cobertura. O pedestal mais próximo da Padre Cacique ficará a apenas 1m30cm de distância do meio-fio. A previsão do Inter e da prefeitura é de que até o final de dezembro o passeio público já esteja liberado.  
Diretor-presidente da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), Vanderlei Cappellari afirma que o órgão providenciará estudos para avaliar a dimensão de riscos a pedestres. Afinal, não existirá no estádio reformado uma área delimitada, com muros ou cercas, para os torcedores se reunirem nos dias de jogos. A ideia é que a multidão transite no entorno do Beira-Rio e na calçada como se tudo fosse a mesma área. 
O que nos preocupa é a possibilidade dos torcedores invadirem com frequência a avenida. Se identificarmos problemas, vamos solicitar ao proprietário (o Inter) medidas para melhorar a segurança. Se constatarmos a necessidade de uma cerca, faremos esta demanda — adianta Cappellari, lembrando que a lombada eletrônica retornará à Padre Cacique após o alargamento da via, permitindo velocidade máxima de 40 km/h nas proximidades do estádio. 
A vice-presidente colorada Diana Oliveira, responsável pelas obras, concorda que será necessária uma "conduta social" diferenciada para sustentar essa proposta de integração entre o empreendimento e o espaço público. 
— Em princípio, não haverá demarcações entre o público e o privado. Só que isso vai depender das experiências que surgirem. Teremos um forte esquema de vigilância com câmeras. Mas, se o estádio sofrer ataques frequentes, por exemplo, infelizmente vamos precisar de uma separação — pondera Diana.
 Para construir o teto metálico avançando sobre a calçada, o Inter obteve em junho de 2010 uma autorização da Comissão de Análise Urbanística e Gerenciamento de Projetos Especiais (Cauge), que reúne integrantes de oito órgãos municipais, entre eles as secretarias de Urbanismo, Obras e Viação, Meio Ambiente e a própria EPTC