sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Cautela Futebol Futebol Clube




Este blog tem vários colaboradores que se insurgem contra a história do "pontinho fora".
De "jogar fechadinho"
"Voltar vivo".
Temos um exército de corneteiros que protestam com a preferência do Grêmio (ao longo dos anos) em abarrotar o plantel de volantes com capacidade duvidosa(?) de jogar futebol.
Lançamos neste espaço o Museu dos Volantes.
O campeão da preferência popular foi Ferdinando.Veio no pacote Combo do Avai.Em 2010 o Grêmio prooduziu a Avainização
Passaram (entre tantos outros desde 2001)
Henrique.Cocito.Diogo.
Douglas Silva,Makelelê,Amaral,Rudinei,Edmilson,Adriano,Labarte,
Luciano Santos
Caramba!
São dezenas de volantes que habitaram o Planeta Grêmio neste anos sem titulos.
MS é corneteiro que está na fotografia da abóbora (com o copo) na mão




É conhecido como fiscal do clicrbs.
Me telefonou esta semana:
"Pô RW! O Grêmio precisa de um articulador e estão anunciando o Thiago Heleno (zagueiro).Não duvido que tragam mais volantes"".
Estava furioso.
E enviou o texto abaixo.

Cautela Futebol Clube é um time da República de Piratini.
Nunca um clube honrou tanto o termo "escudo" para definir o símbolo de sua camisa, pois seu lema é  "a defesa é o melhor ataque". 
Os dirigentes do Cautela Futebol Clube tem horror a jogadores cerebrais e a atacantes matadores. Não gostam de jogadas trabalhadas, pois "dão muita cancha para o adversário crescer". Atacar é uma "atitude de alto risco", pois "desguarnece a solidez defensiva da equipe". Em regra, todos ficam postados "atrás da linha da bola", "antes da linha do meio-campo", "jogando fechadinho", pois qualquer jogada pode "fazer o adversário crescer no jogo".
As jogadas são construídas diretamente da zaga para o único atacante da equipe, na verdade um volante de ofício deslocado um pouco mais à frente dos outros 4 volantes, postados à frente dos 5 zagueiros e do goleiro. 
Seus torcedores são em sua maioria taciturnos e desconfiados sujeitos. Eles de bigode e chapéu de barbicacho (ar grave) elas com olhos firmes e injetados para o adversário. Não gostam de firulas.  A torcida vai ao delírio quando o perigo é afastado de sua área na base do bico, do balão, do carrinho. Se abraçam com fervor nas arquibancadas e tomam banhos de café quando anunciam a saída de um volante para a entrada de outro. Ouvem-se nas arquibancadas "nosso treinador está no caminho certo!", "não tomamos gol!". Nossa equipe é "uma muralha intransponível". "Nem o Barcelona com cinco Messis nos meteria gol". "Nosso futebol tem identidade própria!"
Os torcedores se orgulham de sua torcida, a mais fanática, que apoia o time incondicionalmente até mesmo quando toma gols. Se toma o segundo, então, o apoio deve ser maior ainda, "porque o time precisa recompor a sua capacidade de se defender". 
Há anos o Cautela não ganha títulos, mas isso não importa, porque mais importante é estar bem colocado no campeonato que disputam com as equipes brasileiras. É necessário "primeiro assegurar vaga para a Libertadores", depois pensar em título, porque não se pode esquecer o principal fundamento da equipe: a cautela e a solidez defensiva.
Por esse motivo, nas competições de mata-mata com as equipes brasileiras e sul americanas, os dirigentes e torcedores do Cautela iniciam a semana com uma velha cantilena que se alastra a partir da mídia isenta da República de Piratini. Nos bares, botecos, supermercados, barbearias e ruas do centro da capital do país, ouve-se que "1 a 0 não é tragédia, pois precisamos voltar vivos para decidir em casa".
Há alguns anos o Cautela se tornou pioneiro no mundo do futebol. Ao invés de buscar títulos, inaugurou um inigualável "museu de volantes".  
Tudo em nome da cautela e da solidez defensiva. 
MS