A escola hiperpatética da IVI
O filósofo, na sua vertente criativa, é aquele estudioso que cria conceitos.
Este ano de 2018, recém findo seu primeiro trimestre, já se antecipa como digno de entrar para a história do futebol no Texas, como uma das safras mais produtivas de novos conceitos criados pelos filósofos da IVI.
O Corneta do RW já consagrou há tempos, com perspicácia e precisão, a corrente tudóloga de filosofia da IVI, liderada pelo iluminado D. Schoppenhauer Coimbra.
Entretanto, como se sabe, a IVI se supera dia a dia e mantém-nos boquiabertos permanentemente, o que, aliás, facilita a ingestão das grandes doses de bardhal, necessárias para aguentar o tranco antes da solução final: emigrar para o Congo.
Aqui no Corneta do RW foi divulgada, nos albores deste abril promissor para os tricampeões ¬¬-gaúchos da Libertadores, a mais recente criação da escola hiperpatética de filosofia da IVI, o ‘rodízio culposo’ (“rodízio não premeditado”, segundo D. Pipoca).
Um primor de conceito a ser utilizado nos tribunais de justiça desportiva daqui para a frente, sempre que o réu for o SCI e, ou, os adversários do Imortal, que se caracteriza popularmente pela frase do inolvidável Chapolin Colorado (no papel de Chaves): “foi sem querer, querendo”.
Em resumo, a pancada recorrente e frequente nos craques do adversário está liberada, desde que os brucutus não tenham combinado nada antes da partida, e caberá ao eventual acusador, naturalmente, a partir de agora, o ônus da prova, o que remete a outro personagem de humor da televisão: “tem gravação dos zagueiros combinando bater no craque? ”; “tem áudio do treinador mandando bater, pelo menos? ”; “postagem no Facebook? ”; “no Twitter? ”...
O “cartão administrável” foi criado no calor da mesma comoção da IVI, a vitória do Imortal sobre o Xavante vermelho e branco, digo, vermelho e preto. Trata-se de um cartão de advertência, o mesmo amarelo de sempre, que os próprios especialistas da CIA (Comentaristas Isentos de Arbitragem) consideram merecidos e aplicáveis, mas que não deve ser mostrado ao jogador faltoso para não “prejudicar o espetáculo”.
É quase desnecessário registrar que o ‘cartão administrável’ é de utilização restrita, tal como o ‘rodízio culposo’. Os defensores do Imortal jamais poderão ser beneficiados ao invocar-se sua existência consagrada nos meios das várias sedes da IVI.
Finalmente, mas não menos importante, o mais imaginoso e espetacular conceito recente dos filósofos da IVI: o resultado das partidas por tempo de jogo. Sim!! É isso mesmo!! É um grande lampejo de genialidade autóctone e genuína do Texas!
Depois de um ivista inveterado chegar à conclusão de que o SCI, nos três grenais mais recentes, “venceu” o Imortal por 4 tempos ‘melhores’ a 2, o Capitão, utilizando o corolário - que algumas escolas de filosofia da IVI propugnam para que seja grafado “colorário” - da engenhosa proposição defendeu que o desempenho do Imortal nos recente mata-matas, deve ser mensurado segundo a nova metodologia de resultados introduzida pelos filósofos da IVI.
Para ele a virtual classificação nos primeiros noventa minutos dos jogos contra SCI, Avenida e Brasil tem que ser entendida como resultados diferentes.
Na sua peculiar forma de ver o futebol, o único confronto vencido, de fato, logo de início do primeiro jogo foi contra o Avenida. Contra o SCI, o gol no final do primeiro do tempo é que definiu o resultado e contra o Xavante, foi o gol no início do segundo tempo das primeiras três horas de jogo.
O que ele quer dizer com isso?
Não é possível ter a mínima ideia, apenas uma certeza: algo que tem a intenção de diminuir a relevância das façanhas recentes do Imortal em competições decididas em partidas eliminatórias.
Chaves / El Chavo del Ocho - Foi sem querer querendo