TODO DIA É DIA DE IVI
Segurem-se nas poltronas porque a IVI, essa
semana, está particularmente machucada. E a dor profunda que os consome tem um
nome e sobrenome que os marca: Grêmio de Foot-ball Porto Alegrense. A mera
menção ao nome do Imortal é suficiente
para que eles tenham dores abdominais e ovarianas(ou seriam ivianas?) intensas!
Com efeito, duas semanas após, seguimos perguntando quem é dourado e eles
seguem morrendo de raiva, a uma porque o Grêmio, seja através da performance de
seus jogadores, seja por meio da ação de seu presidente, destruiu, uma a uma, a
pauta da IVI.
Tendo a
semana começado com o foguetório em Porto Alegre, na segunda-feira, porque eles
já se achavam “líderes”, e assim foi a tônica do dia pelos intrépidos vermelhos
isentos; só que faltou combinar com os russos: mesmo contando com um penalzinho
maroto (ah, que falta faz o var bem aplicado), foram derrotados pela
Chapecoense. E aí o bombardeio iniciou-se. Um torcedor do inter fez um sinal com
as mãos claramente indicando um avião. Imitava uma aeronave que caía. Horror de
canalhice, indesculpável atitude. Só que os vermelhos que tão bem conhecemos
correram para, em bloco, defendê-los. Redche, na manhã seguinte, em seu Café
com Vinagre (como o pessoal do Hospício Tricolor bem apodou o programa dele),
inventou toda a espécie de desculpas: era sinal de queda para a segunda
divisão, passando por “não se pode garantir que era mesmo um colorado” e
chegando ao já tradicional “a atitude de um só não pode prejudicar o clube como
um todo”. Sim, Srs., o Capitão Salsicha da IVI, Redche, histriônico (na certa
ainda tonto pelas voadoras que recebeu do Carlos Josias), desfiou todo aquele
rosário de leviandades tão caras aos jornalistas isentos toda a vez que alguém
traz provas inquestionáveis do comportamento abjeto de um jogador, dirigente ou
torcedor colorado. Sempre que eu vejo
essas coisas, imediatamente me vem à cabeça o pensamento: e se fosse um
gremista? Basta isso para que se tenha certeza de que que a IVI é paranoia
nossa. Não existe. Reche é uma pessoa de boa índole e íntegra.
E chegou o dia do jogo contra o Tucumán. E aí
foi a vez de Pedrernesto Jabba Legado, aquele que tem um denardin de salmão,
defender uma retranca e o maldito pontinho fora. Foi acompanhado nisso por
Diogo Pipoca, o que gosta da rima. O primeiro, no Parque dos Dinossauros, fez
uma análise das dificuldades de se jogar na Argentina. O segundo, no redação
SporTV, falou da força do Tucumán e do bom resultado que seria um empate,
“mesmo que sem gols”. Olhem o tamanho da insídia... A IVI é danada, Srs.! O
Tucumán passou de time velho e acabado (Pedro legado na semana passada), de
time lento e limitado (Diogo Pipoca na semana anterior), a time de força e
muito temido. E veio aquela campanha pelo pontinho fora (o vestibular do
fracasso, eu sempre o digo). E por quê? A uma porque o Tucuman era o primeiro
(e no momento do jogo, o segundo) no campeonato argentino e estava há seis
meses sem perder em sua cancha. A duas, porque até as pedras dos canteiros da
Avenida Ipiranga sabem que o Tucumán
tentaria – o que efetivamente fez – abafar logo de saída para conseguir
marcar, compensando, assim, as suas limitações. Então, se eles conseguissem
mudar a convicção do nosso treinador e este colocasse um time recuado e com
medo, aumentariam as chances de ir-se o boi com as cordas. Só que há muito
tempo não temos mais treinadores molóides que se deixavam acanalhar pelos
sacripantas da IVI. Fomos lá e vencemos (não vou aqui fazer análise da partida.
Muitos já o fizeram brilhantemente. Estou apenas comentando a reação da IVI). O
que aconteceu? Veio novamente o discurso do time ingênuo e que já estávamos na
semi-final (Pedro Sempre Ele Ernesto). E por quê? Simples: discurso
desmotivacional, para que se instaurasse o clima de oba-oba, os jogadores
desmobilizassem-se e por aí vai. Só que, repito, a história no Grêmio hoje é
outra.
E
o Grêmio não deu a mínima para o que disse a IVI. Só que houve mais. Houve
Diori sendo Diori Piu-piu (ele sonha crescer para se tornar um novo Zini
Glu-Glu), insinuando que o VAR ajudara-nos na expulsão do jogador argentino,
como se ele tivesse sido mal utilizado! Insídia em cima de injúria! Que péssimo dia para a IVI: vencemos, nos
aproximamos da próxima fase na Libertadores e o jogo do Grêmio contra o Tucuman
foi o mais assistido na TV naquele dia, mais que qualquer outro... Suicídio em
massa em Porto Alegre.
Enquanto
isso, pelos vermelhos, dos mesmos produtores de “cacetinhos de papoula” veio a
história do Hotel de cujas paredes exalam pó. Guerrero, o caro jogador que
recebe para ficar de férias em Maceió e em Lima (embora eles insistam em mentir
a dizer que nada saiu ou está saindo dos cofres do clube), insiste no Hotel
malévolo que lhe quer prejudicar a carreira! Sinceramente, essas declarações foram motivos de
ironia e incredulidade na imprensa do RJ e SP. Na aldeia, porém, os bravos
isentos da zh fizeram até entrada ao vivo na coletiva, no circo armado por advogados
que querem ressuscitar uma questão já decidida e irreversível. Essa
irresignação é tão autêntica quanto uma nota de 3 pila. É um grande teatro dos
advogados para que haja o que mostrar, uma vez que aceitar a punição seria
cobrir o sci ainda mais de ridículo. E a IVI sendo conivente, como sempre.
Entrementes,
Romildo adiantou os salários, renovou com jogadores, ampliou contrato com
kannemann e Renato declarou que não sai e que pretende renovar. De uma feita,
três pautas morreram. E a IVI, infeliz, silenciou sobre dois assuntos: o
relatório do Itaú-bbva sobre a higidez financeira do Grêmio (jornais do Rio, de
São Paulo, de Buenos Aires e até de Lisboa destacaram o fato. Na aldeia,
silêncio sepulcral) e sobre os salários novamente em atraso lá pelas plagas
bergamóticas. Até Justo Guerra sabe que os
direitos de imagem estão atrasados há mais de cinco meses e que, agora, os
salários em si estão atrasados novamente. Só que isso é tabu em Porto Alegre.
Quando é conosco, os balanços são analisados, postos em dúvida e por aí vai...
Zini Glu-Glu, anos atrás, veio com a história dos “cofres raspados” no Grêmio,
só que silenciou, na mesma oportunidade, sobre o pessoal que “retirava de pá da
boca do caixa” do SCI. Isso tudo é porque não existe IVI.
Em rápidas pinceladas, essa foi a semana da IVI
e, dessa maneira, tão tresloucada quanto a Baby Consuelo quando era baby
Consuelo e cantava que todo dia era dia de índio, no Rio Grande, todo dia
continua sendo dia de IVI.