Na internet está disponível para
consultas o resultado dos trabalhos de acompanhamento da cobertura da grande
mídia sobre temas de economia e política por grupos ligados à pesquisa
universitária.
A partir da metodologia
apresentada num destes sites, foi elaborada uma análise restrita ao caso da
cobertura de futebol sobre os dois maiores clubes de Porto Alegre, que se
fundamentou na observação das capas do jornal impresso mais antigo ainda em
atividade no estado.
As manchetes e as chamadas de capa, juntamente
com as fotos, são consideradas as mais relevantes para as editorias de jornais.
Além de resumir o conteúdo da publicação, são a parte mais vista pelo público,
seja por quem compra ou apenas circula próximo a bancas onde jornais ficam
expostos.
A principal metodologia utilizada
por estudiosos para avaliar a atuação da mídia é a “Análise de Valências”. Este
tipo de análise tenta responder à seguinte questão: o texto sob exame expressa alguma posição quanto ao assunto ou aos
personagens mencionados?
As chamadas valências são
subdivididas em:
·
positivas/favoráveis:
são aquelas que se referem, de forma preponderante, positivamente ao personagem
ou tema em questão, sejam elas factuais ou de avaliação (exemplos: “Vitória e a
um ponto do líder” ou “Classificação sensacional”);
·
negativas/contrárias:
são aquelas negativas que se referem, de forma preponderante, negativamente ao
personagem ou tema em questão (exemplo: “Cada vez mais longe do líder” ou “Renato
fez uma duvidosa opção contra o Flamengo”;
·
neutras/descritivas:
destituídas de conteúdo claramente positivo ou negativo (exemplo: “Jogo de hoje
é contra o Atlético-MG” ou “Guerrero é anunciado pelo Inter”);
·
ambivalentes/equilibradas:
caso de equilíbrio entre referências negativas e positivas, (exemplo: “Renato
precisou reinventar o time no segundo tempo”).
A interpretação do texto que vem
abaixo das manchetes ajuda a interpretar os principais títulos que, por via de
regra, devem ser sucintos.
O período analisado foi o mês recém
terminado, isto é, agosto/2018.
Num período em que o Grêmio teve 10 (dez) datas de competições – 6 (seis)
pelo Brasileirão; 2 (duas) pela Copa do Brasil e 2 (duas) pela Libertadores da
América – e o Internacional atuou por 6
(seis) vezes, todas no Brasileirão, foram identificadas quarenta e cinco
manchetes e chamadas de capa sobre os dois clubes, totalizando 56% de menções ao SCI e 44% ao Imortal Tricolor.
Do total foram classificadas 36% de títulos positivos; 33% neutros; 24% ambivalentes e 7%
negativos.
Daquelas citações ao SCI, 48% foram tipificadas como positivas; 40% neutras e 12% ambivalentes, sem ocorrências de alusões negativas ao vermelho
e branco.
No que se refere ao Tricolor
Imortal do Humaitá, houve 20% de
menções positivas; 25% neutras; 40% ambivalentes e 15% negativas.
Por oportuno, cabe apontar que,
das 20 (vinte) chamadas de capa
avaliadas, 15 (quinze eram assinadas
pelo único componente da ‘IVI do centro’ eleito para a seleção da IVI 2017 e o
resto, pelo inventor do sistema tático do losango invertido, aliás, técnico atual da IVI.
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