quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

COLUNA DO GUBERMAN

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SEJAMOS JUSTOS
                      Há uma praga que corrói o Rio Grande.
Infelizmente, essa praga é uma força auxiliar da Imprensa Vermelha Isenta e responde pelo nome de “Justinos”. São tão numerosos e profícuos que se fôssemos instituir um troféu de “Justino da Semana”, teríamos sérias dificuldades em apontar apenas um vencedor. A disputa seria acirradíssima. Mas, afinal, o que são os “Justinos”?
                   Grosso modo se poderia dizer que os Justinos são aqueles gremistas fascinados pelo vermelho que têm na IVI a fonte de sua infecção rubra. Os Justinos sorvem as palavras da IVI sofregamente e têm-nas como Evangelho. São pessimistas inveterados, mas de tirocínio inexistente e de células cinzentas tão afetadas que perdem o discernimento, não têm convicção e vivem da repetição mecânica dos argumentos alheios, copiados às facções da IVI (Ipiranga, Morro, Centro e Orfanotrófio), não conseguindo discernir a diferença de tratamentos ou a agenda positiva rubra/negativa tricrômica, e vivem em estado de excitação constante: tudo é-lhes uma tragédia pontuada a golpes de crise, conforme religiosamente ouvem no Parque dos Dinossauros, por exemplo (aquele programa em que sempre há um "gremista" pateta que faz eco ao Legado, espicaçando o Grêmio e servindo de escada a todo tipo de indignidade).
           Justinos são aqueles indivíduos que ecoam as mesquinharias que ouvem dos integrantes vetustos da IVI, que saboreiam uma mortadela de salmão, umas papoulas e umas pipocas, que reclamam insistentemente da “falta de contratações”, que “não temos elenco”, que “não vamos longe”, que “temos de dar atenção ao Gauchão”... Coincidentemente são conceitos e idéias religiosamente propaladas pela IVI, mas os justinos não se dão conta. Janeiro de 2016, o mantra da IVI era que nos estreparíamos e que os vermelhos voariam. Sabemos como foi 2016. E já estamos vendo o que 2017 promete. Só a IVI e, a reboque, os justinos não vêem.
                  Notem, amigos, que não falo do sagrado direito que todos temos de opinar e criticar construtivamente. Estou falando nas harpias que se dizem tricolores, mas que são fãs arrematados do Guru Costelão (o mesmo que foi às redes assegurar ao torcedor B que o time do Lamaçal não cairia; o mesmo que resolveu comparar sua trupe B ao Barcelona e desmerecer o nosso Grêmio, relegando-o à condição de coadjuvante...); estou falando nos desprovidos de senso que, em dezembro de 2015, escreveram texto laudatório ao Anão de Voz Fininha (!?) e que se declararam admiradores. Como assim? Admirador de um jogador medíocre (totalmente fabricado pela IVI) e que possui o caráter de uma hiena, tendo como principal passatempo a provocação barata?
                 Quando Edilson brincou com a bandeira, a Justinaria fez eco à histeria da IVI, dizendo isso ser “provocação desnecessária”. O drone? “Provocação”. Pior, Senhores! Após o rebaixamento (amém!) Capincho, houve os textões em que profligavam a pedir que os gremistas não “tripudiassem” e que entendessem o trauma dos rebaixados. Ora, façam-me o favor! Como alguém, em sã consciência, pode-se atrever a repetir tamanha sandice!
                Os justinos não param por aí.  Houve até justino que, em antítese mental, espiritual e sei-lá-mais-o-quê, veio a justificar a diferença de tratamentos ( que ele reconhecia existir) em decorrência de anos passados, e que via como normal um padrão de exigência maior a um dos lados. Ora, então ele confessa que há uma desproporção que, por si só, fere de morte um princípio básico da deontologia do jornalismo, mas crê ser isso normal? Sem querer há vinte anos? Se fosse involuntária, já não teria havido tempo de corrigir a diferença de tratamento?  Justinos recusam-se a crer haver uma imprensa vermelha quando o próprio diretor da RBS, por exemplo, em entrevista veiculada em 2007 ou 2008 (indulgência, amigos, não me recordo o ano correto), em um programa da Rede Globo (acha-se fácil esse programa aqui mesmo no Blog do Corneta do RW ou no YouTube), disse que os repórteres e a redação esportiva de sua emissora são vermelhos!
                         Não percebem que a conduta que advogam pelo Grêmio é pautada e ditada pela IVI e que essa mesma camarilha isenta possui indignação seletiva e padrão dúbio? Para usar apenas o exemplo do drone, os justinos malharam a brincadeira. Deram eco aos latidos insistentes dos “jornalixos vermelhos”. Será que não perceberam que esses mesmos isentos não disseram uma palavra de reprovação para a avioneta que sobrevoou a Arena tempos atrás? Quando Edilson dançou com a bandeira, os Irmãos Metralha da IVI da Ipiranga rosnavam furiosos contra a, na sua visão pútrida, ignomínia, e os justinos embarcaram nessa. Como, porém, a coisa que mal está, bem não fica, os mesmos irmãos metralha disseram que era coisa normal quando Sasha Le Grand-Cul, “bailou” com a bandeira e disse que eram em “homenagem à debutante”. Será que os justinos não enxergam essa contradição acachapante quando se metem a crocitar as repetições das algaravias vermelhas?
                   Pensei muito antes de eleger esse tema para a coluna dessa semana, confesso. Não quero que isso pareça o início de uma guerra fratricida ou que os gremistas combatam-se até caírem exangües.  Guardemos nossas forças para os adversários de verdade, para aqueles que fazem tanto mal ao Grêmio. O ponto nodal aqui é o uso do raciocínio! Essa coluna é um alerta, não um ataque: vejam e reflitam sobre tudo o que consomem via imprensa. Pensem!
           Sejamos, sim, justos, mas, sobretudo, sejamos inteligentes e gremistas.