Minha família foi para Jaguarão em 1964. (março).
Naquele tempo era phoda se descolar entre a capital e o interior.Os 140 km entre Pelotas e Jaguarão eram de "chão batido". As viagens em média duravam 7 horas.
O Grenal nº 170 foi disputado em 23.04.1964.
Naquele dia meu pai nos acordou de sopetão.E lascou: "Vamos ver o Grenal hoje".
Respondi: " E a aula?".
A resposta nunca mais esqueci.
"A aula de hoje tu vais esquecer em pouco tempo.E o Grenal tu vais contar para os teus netos.Vai ser o Grenal do Alcindo."
Meu pai era viúva do bugre.O goleador do Grêmio em jogos preliminares era assunto na cidade.
Mesmo assim foi emprestado para o duro futebol do interior (Rio Grande) "porque não estava pronto".
Mesmo assim foi emprestado para o duro futebol do interior (Rio Grande) "porque não estava pronto".
Meu pai durante toda a viagem dizia que tinha um cutuco que Alcindo iria destruir com Gainete.E ele acertou.Foi um chocolate.Meteu 3 buchas.
Estava ansioso.
Fumou 3 carteiras Minister (com filtro ) durante o trajeto de 382 km.
Lembro deste dia como se fosse hoje.Foi um clássico noturno.Foi a primeira vez que ouvi "olé".
Este clássico teve 2 protagonistas: Alcindo e Ricardo Alberto Silva.
O centroavante acabou com o jogo.E o árbitro mandou parar o Olé.
Apenas 2 anos depois Alcindo estava na Copa do Mundo das Inglaterra.A geração dos "12 em 13" contribuiu com 2 jogadores para a seleção brasileira.
.O outro foi Everaldo.Em um tempo em que raramente jogador fora do eixo Rio São Paulo era convocado.
.O outro foi Everaldo.Em um tempo em que raramente jogador fora do eixo Rio São Paulo era convocado.
Neste post voltamos ao ano de 1964. Um dos Grenais mais importantes da história.Está sendo resgatado pelo blog na série dos grandes feitos da geração "12 em 13".
Preparem-se.O ano vai ser longo e de grandes recordações.
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Fonte: A história dos Grenais (David Coimbra,Nico Noronha e Mário Marcos de Souza)
Extraído dos arquivos de Daison Santana
Jornal Do Dia