SÓ QUEM NÃO SE LESIONA SÃO OS INTEGRANTES DA IVI
O amigo que nos acompanha por esses anos e que lê essas colunas já deve ter visto a incrível capacidade da IVI: seus integrantes não se lesionam nunca. E por que não se lesionam? Porque treinam e praticam de maneira intensa, com aproveitamento impressionante e inigualável, com aquela dose de charlatanismo intelectual que tanto os distingue e com aquela isenção insuperável e que, acima de tudo, é feita à base de engodo.
Não crêem? Vamos aos fatos: lá para os lados do Aterro, a empáfia é tanta que simulam desconhecer terem problemas, mas não podem negar o óbvio: estão na B, logo, são de segunda. Ora, contam, na empreitada insana de tapar o sol com a peneira, com o prestimoso e subserviente auxílio da IVI que coloca na tarefa todos os parcos neurônios que possuem. A IVI, portanto, é tão patética que esconde a B, finge que não caíram e que são bons. A cantilena do momento é o ˜jogam como os da Série A”ou, ainda, o “jogo digno de série A”. Noves fora, ainda, o “técnico de série A com seus métodos europeus”.... Outro dia, saíram-se com a pérola do mês de setembro, a enquete que procurava estabelecer em que lugar o time do coração deles estaria se estivesse jogando a A. Como é? Sim, Srs., chamaram a fina flor da IVI para que apontassem em que posição estariam se na A estivessem. Alguém duvida qual foi a conclusão de tão acientífico projeto?
Senhores, não percamos o foco da verdade: é a série B de mais baixa qualidade da história. Aquela entrevista de Gutto , sobre “uma partida de série A”, é fruto de algum suplemento vitamínico daqueles que ofereceram lá aos jogadores do inter uma vez e que a imprensa gaúcha abafou, para variar o caso. Ou anda injetando purpurina-anfetamínica na veia. O que se tem passado lá para os ivianos são embates de série B entre times fracos de segunda divisão e que babam de inveja dos times da A. Ora, se eles nem sabem em que série estão, como lá eles vêm querer falar de uma série que está acima da série deles?
Tivemos Diogo Pipoca em sua cantilena habitual sobre as vicissitudes do time da B e as idiossincrasias sobre nosso time tricolor, agourando o resultado futuro da Libertadores, inflando e, ao mesmo tempo, desfazendo de nosso adversário, em técnica antiga, enquanto concluiu em coluna espetacular que o inBer estaria apto à Libertadores 2018 (faltou combinar com a realidade e com o regulamento, ja que ser campeão da B, se for o caso, só lhes dá acesso à A)... Tivemos Zini GluGlu, o zIVI, com coluna torpedo contra cristian e contra Cícero, chegando a dizer que este último era indigno (quantos jogadores vimos passar pelo time e que foram igualmente criticados, quase com as mesmas palavras, pelo Zivi? Pedro Rocha, por exemplo)...Tivemos Justo Guerra, o pai da Cadela Preta que entende mais de futebol que eles todos juntos, agora celebrando a liderança na B., o mesmo justo guerra que dizia que título da segundona não se comemora. Mas isso é fácil de entender. Ora, a Segundona era a segunda divisão quando o time deles não lá estava. Quando para lá foi, a segundona passou a uma etapa de transição, ganhou roupagens de Champions Leaguer.
A questão vai ainda mais longe. Há o silêncio complacente. O lateral Ceará, lembram-se do caso? A história, na Província, foi sepultada sob o manto constrangido do silêncio total e da amnésia seletiva. Sempre com aquelas colorações rubrófilas que encantam tanto o pessoal das facções da IVI. Ora, esse lateral foi jogar no América-MG. Nem uma historinha veio à baila. Nem um comentário na imprensa gaúcha. Reflitam com toda a sinceridade: se o jogador tivesse sido ofendido por um jogador gremista, o que teria acontecido no RS? Mas tome reportagem sobre ofensas na Arena. Sobre o Senegalês no Beira-Remendo ou sobre a mãe de Paulão, nem um pio.
Precisaríamos de mais exemplos? Não, mas ainda há muitos mais. Existe o chutado da Band, o Filho do Whisky, aquele que apanhou da torcida do inter no aeroporto mas se calou, covarde, e que busca, desesperado, o lugar ao sol na constelação ivista, e que, por tuíte, se saiu com a pérola platinada sobre ser Cuesta o melhor zagueiro em atividade no Brasil! Essa negação da realidade se explica: é pura assessoria. Qual foi a fonte do Jota Bêzinho? O vice do inBer... Entenderam? E a historinha do bertoncello sobre os artilheiros do RS, colocando os segundinos em evidência? A mesma coisa... retribuição, meus caros, pecunia non olet!
A esta altura, todos já deveriam estar mais que acostumados com isso. Só que há, ainda(e, Meu D’s!, até quando?), os que crêem nessas sandices e partilham-nas, apontando acusadoramente os dedos emporcalhados nas excrecências escritas pela IVI para o nosso time. E é uma das razões que mostram que os periodistas da IVI fazem isso justamente porque têm leitores e propaladores de mentiras. Eles não acreditam nos devaneios que escrevem, mas o fazem porque sabem que os torcedores colorados lerão e partilharão porque são crianças mimadas que não podem ser contrariadas e sabem que os gremistas lerão e ou os contradirão nas redes sociais ou, em se tratando de justinos, aquiescerão beociamente. Em suma, Srs., eles estão atrás de cliques, de fama repentina, de parecerem maiores do que são. E têm sido bem sucedidos nisso...
Entenderam porque, por exemplo, o mote nos últimos dois dias da IVI tem sido as lesões de jogadores gremistas? Sem qualquer base ou fundamento (até porque eles não investigam, não estudam, não se aprofundam), já diagnosticaram que a culpa das “sucessivas lesões” é do preparo físico ruim e do departamento médico. E daí já vimos uma plêiade de justinos repetindo isso como se fosse Palavra da Salvação. Por que há tantas lesões? Nós não sabemos. Antes, porém, de sair por aí levantando hipóteses, investiguem um mínimo. Era o que qualquer pessoa de boa-fé faria. Ou mesmo fazer um comparativo de lesões entre os clubes líderes da série A e veriam que a curva de lesões no Grêmio não é maior nem menor que nos demais. Só que tudo no Grêmio vira tragédia grega.
Mais uma vez (e já perdi as contas de quantas vezes conclamei a todos a fazerem isso), pedimos que todos reflitam. Olhem e filtrem as “notícias” plantadas pela IVI. São fruto de uma campanha deliberada, até aqui muito bem sucedida, de desconstrução da própria identidade gremista. Não é algo a ser encarado à ligeira, é algo que merece nossa atenção e vigilância. E nós os estamos incomodando – e muito. Continuemos ativos e combativos. Só assim conseguiremos contorná-los e fazê-los arrefecer. Isso, todavia, custará hercúleos esforços a todos nós até porque eles são muito bem treinados e, como dissemos acima, eles não se lesionam. Todo cuidado é pouco.