A ausência de vida inteligente tricolor na grande mídia
A imprensa tem papel fundamental na nossa vida, queiramos ou não. São formadores de opinião, são investigativos, são essenciais. A imprensa esportiva não fica longe disso. Mas ela tem que ser plural, tem que ser dos dois lados. E isso não existe aqui na República do Texas. Não há um comentarista esportivo que seja isento azul. Os que são, estão acometidos da síndrome de Estocolmo. Todos os demais são vermelhos.
Não se pode negar que há narradores ou repórteres gremistas, mas os comentaristas são todos colorados. Comentarista analisa um jogo e justifica as suas afirmações criando uma massa crítica esportiva.
Vejam por exemplo o caso do comentarista com nome de banheiro, que no jogo do Grêmio contra o Flamengo disse, assim como disseram todos os demais da alcateia vermelha, que era uma barbada. Nunca é fácil jogar contra time grande, mas os adversários do Grêmio são sempre uma barbada e os do Inter paradas duríssimas. Vide a Chapecoense e o Sport (que só não tomou uma goleada do Botafogo, por ser um time tão fraco quanto), mas que a IVI está dizendo que será parada duríssima.
Falta um jornalista/comentarista de qualidade identificado com o Grêmio. Falta uma análise profunda de alguém que possa interpretar o jogo, analisar um esquema, os jogadores a serem contratados, a formação de grupo, de comissão técnica e de diretoria e transmitir, uma opinião crítica construtiva do clube, formando uma massa crítica em favor do clube.
Aquele que diz que analisa o jogo com os olhos e não com o coração não se dá conta de que quando Grêmio joga bem, vence e convence seus comentários são em tons fúnebres. Ou aquele da prancheta que quando analisa o jogo só comenta o time adversário. Como diz o Lênio, se a IVI aponta um caminho, a direção correta é outra.
Afinal, o clube e a torcida têm que saber por que ganha e por que perde. E muitos torcedores, dirigentes e treinadores, inclusive, não sabem. E aquela análise que visa o bem do clube, que aponta os acertos e os erros de todos envolvidos na vida do clube faz falta.
Exemplos para isso não faltam seja na contratação de jogadores e treinadores, ou em um esquema errado de jogo, má substituição, enfim exemplos há de sobra, que a IVI se cala no momento prévio, mas depois afirma que foi uma má contratação ou uma má escolha do jogador ou treinador. Mas daí o prejuízo já se formou.
A ausência de uma voz qualificada tricolor na grande mídia para fazer os apontamentos necessários seja o grande propulsor da Rádio Grêmio, do RW com suas pregações no deserto contra time que quebra a bola, que suja calção de barro, que joga por uma bolinha, que tem centroavante aipim de baixa qualidade, que prega o pontinho fora..
Corneteiro SF -