quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Coluna do Guberman

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A PATÉTICA MANEIRA DE SER DA IVI
   Não poderia ser diferente. A IVI é, sim, patética. Seja quando tenta negar o óbvio, seja quando tenta desvirtuar aquilo que se vê. Engodo e empulhação, com pitadas fartas de devaneios e invenções, são os ingredientes especiais e cotidianos da chamada Imprensa Esportiva no Rio Grande do Sul.
  A nossa coluna de hoje segue tratando do tema das duas primeiras: a ausência de uma imprensa esportiva digna desse nome abaixo do Mampituba e a existência da falsamente acanhada e isenta imprensa vermelha que, de tão isenta, se dói de assim ser chamada!
  Falemos, por exemplo, de contratações. O Grêmio contratou o Gabriel Fernandez. Na terça-feira, dia 10, saíram várias colunas, reportagens e tuítes, desde Fogaça até Zini (sempre ele), pondo em dúvida a qualidade do jogador. Não faz gols, não marca e não vale nada. É a prática excelente de sempre. Não precisariam nem escrever de novo, bastava que recuperassem o que tinham escrito quando chegou o Bolaños. .Quando saiu a notícia dos problemas no joelho (no momento em que escrevo, ainda não se sabe a extensão da lesão ou mais detalhes), a Gaúcha já se rejubilava, em tom de "eu já sabia".A rádio da IVI da Ipiranga inaugurou uma nova modalidade: a secação de exame médico! Isso é tom que jornalistas usem? Não, mas já assessores...
 Para ficarmos em exemplos uruguaios, Nico Lopez foi “empolgadíssimo” de tão contrariado para o Inter, mas ninguém questionou seu passado em times uruguaios ou sua efetividade. O que fez Empolgado Lopez no inter? Nada. E lemos, surpresos, que a culpa da má performance do uruguaio era dos dentes. Ele iria até colocar um aparelho mágico para melhorar seu jogo. Alguém ainda pode dar crédito a esse tipo de reportagem? Pois há os que dão. E quando os que ainda caem na esparrela da IVI são gremistas, está formada a bactéria que se chama “Justino”.
 E o que leva a essa deturpação?  A isenção. Esses jornalistas não têm credibilidade. Não se pode – nem se deve – dar-lhes atenção, eis que não prestam nem para passarem um recado!  Estabelecerei dois ou três pontos para, depois, voltar a falar das contratações.
Há poucos dias atrás, Leandro Behs, o rapazote da manteiga, o explosivo invencível que chamou o amigão Luigi, ex-presidente daquela facção, de “iluminado”, o que se derreteu por Diego Marlon Brando Aguirre, assinou uma coluninha na ZH dizendo que o CT do clube da B, em Viamão, era algo, assim, um misto de CT do Barcelona com o do PSG. Disse que, ali, ku-klux-klan Zago teria as condições melhores do mundo para a arrancada do time das bergamotas. Faltou, porém, combinar com a verdade. No dia seguinte, o Globo Esporte publicou uma reportagem dizendo que o morfético CT de Viamão não servia nem para ali se criarem galináceos. Não vi nenhum dos até então defensores ardorosos daquele CT contradizerem essa m atéria ou defenderem as opiniões que tinham na véspera. 
 E a safra de “estilos europeus”? Leonardo Oliveira, o grande descobridor das sementinhas de papoula, em coluna-secação no dia 09/01, parece ter consumido o objeto de sua descoberta, eis que viu, no técnico do Zamora, um novo Guardiola. Ora, Srs.! Isso porque, a cada dois dias, enquanto cantarola o inesquecível tango “Amapola”, de José Lacalle e Luis Roldán, o Oliveira enxerga um Guardiola insuspeito em um técnico, de preferência em um que será adversário do Grêmio. Ah, e nem vou falar do “estilo europeu” de Argélico, Falcão, Aguirre, Roth, Lisca e, agora, Zago, o incrível técnico que nem a C ganhou e foi alçado à condição de maravilha do momento para levá-los de volta. E isso porque iriam montar um time de série A para jogar a B. Pelo menos foi o que se leu cotidianamente nas coluninhas de Reche, Benfica e Cia.  A sério, meus amigos, podem lá pesquisar: insistentemente a turma da IVI, seja em suas colunas, seja nos “debates” durante o Parque dos Dinossauros, enxergaram um estilo europeu nos “professores” rubros. Se bem que, na verdade, nós é que não lhes entendemos. Albânia e Geórgia também ficam na Europa e, pela qualidade dos ditos treinadores e pelo futebol apresentado pelos amigos da Padre Cacique, obviamente que os intimoratos técnicos aprenderam suas técnicas européias naquelas nações do velho continente. Aos técnicos do Grêmio, sistematicamente, faltam-lhes ora estudo, ora experiência, quando não l hes faltam os dois. E nossos treinadores nunca têm o vestiário na mão. Já lá pelos lados do Bergamotão Phipha, que alegria, é um vestiário unido atrás do outro.
Outro exemplo: idade. Douglas é um vovô. É lento, dizem os jornalistas da IVI. Douglas tem 35 anos. Contratou-se o Leo Moura. Não discutirei aqui o mérito da contratação. Estamos falando da IVI. O jogador tem 38 anos. As colunas de segunda-feira e de terça-feira falavam tanto da idade – e apenas nisso -  que pensei estar lendo a sessão de fofocas ou uma matéria da Contigo infiltrada. O Garnisé Chiliquento, aquele que veio contrariado e corrido do River, mas que a IVI novamente elegeu como salvador da lavoura, a despeito de não ter feito NADA em 2016, tem 36 anos. Alguma matéria sobre ele estar “velho”? Alguma matéria sobre o número de gols ? Algo sobre o pantagruélico salário por amor do Oompa-Loompa de voz fininha?
E é a esses “jornalistas” que os justinos dão credibilidade. E é a esse tipo de cronista de ocasião a que alguns poucos gremistas ainda lêem e repetem! Por quê?  O terrorismo que eles têm feito sobre as “ausências” de contratações de peso ou que não temos condições de enfrentar a maratona de 2017 é rigorosamente idêntico ao que fizeram em janeiro de 2016! Lembrem: a mesma imprensa que faz isso em relação ao Grêmio é a que, para o lado de lá, incensa o Taison e o insta a fazer com o Shakhtar (quebrar o contrato, não renovar e deixar o clube) algo idêntico a que acusa o William-Cotovelo estar fazendo com o interB, execrando-o por isso. E nem assim desistem, pois ontem o preço do William começou em 4 milhões de dólares, chegou a 6 e terminou o dia a 3. Tenham paciência que já vimos esse filme dos milhões com o Impedidão Damião. Daqui a pouco se consegue adquirir o Cotovelo Mágico da IVI por um punhado de pinhões e dois latões de Polar.
É, portanto, claro que, em matéria de coerência, eles são invencíveis. A sombra vermelha da distorção, da adaptação e da manipulação paira sobre a imprensa esportiva gaúcha e cabe-nos denunciá-los. Por isso, conclamo: Não lhes dêem créditos! Não lhes dêem atenção! 
Quero, antes de terminar a coluna dessa semana, agradecer a todos que têm lido a Coluna. Obrigado por fazerem dela, por duas semanas seguidas, uma das mais lidas postagens do blog. Sigamos na resistência  à IVI.