sexta-feira, 3 de agosto de 2018

Coluna de Flavio Guberman

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NADA DE NOVO NO FRONT – OUTRA VEZ!
         
            Desde quarta-feira, como todos os gremistas, fiquei imensamente incomodado com o que se falou e escreveu sobre o Grêmio e eis que retorno à liça contra a IVI, cuja falta de vergonha não diminuiu uma vírgula. Ao contrário, o Rio Grande viu-se em frisson com a continuação da Copa do Brasil, dado o resultado da partida entre Grêmio e Flamengo na Arena. A coisa foi tão escandalosa com a efervescência vermelha e isenta dos “cronistas de resultado” da IVI, foi tão mais do mesmo, que resolvi denominar a conversa de hoje de “Nada de Novo no Front”. E por quê? Justamente porque as observações que terei de fazer hoje já as fiz em algumas outras ocasiões. Afinal, a IVI, apesar de invencível, é previsível. Portanto, nada mais adequado do que dizer que não há nada de novo no front, de novo.
       Vou aqui paleteando o teclado, quase sem saber, ao certo, por onde começar. E eis que me decidi iniciar o entrevero com a Copa do Brasil. A mesma Copa do Brasil que foi ignorada e desprezada pelos veículos IVISTAS quando os resultados eram favoráveis. As bem-aventuranças tricolor foram objeto de desdém por parte da caterva ivista. Com o empate, a bile que lhes corre nas veias veio à tona. Celebraram de maneira despudorada. A ponto de, em comentário rudimentar, Malfica das Ovelhinhas,  para a segunda partida, no Maracanã, dizer que  “o time deveria ir mais focado para reverter o resultado”, seja lá o que se quis dizer. Não me espantei uma vírgula com esse despautério, de vez que tais declarações são uma constante no Novo Dicionário IVI e sua novilíngua vermelha; afinal, como bem nosso Mestre RW sempre nos diz, eles são previsíveis. Eu pergunto-lhes: reverter o quê? Ao que eu saiba, houve um empate. Ao que qualquer pessoa com senso pode dizer, a disputa está em aberto. Até porque, não se pode esquecer, já tivemos excelentes precedentes em face do Flamengo, por exemplo, na própria Copa do Brasil em 1999 ou, ainda, na Libertadores de 1983. Jogamos no Maracanã e vencemos com autoridade. Em 1999, por exemplo, saíramos muito cabisbaixos do Olímpico para, dois dias depois, sagrar-nos em pleno feudo carioca. Caso, porém, lêssemos as colunas na quinta-feira, pensaríamos que o Grêmio estava sepultado, tal foi o clima de terra arrasada que tentaram enfiar goela abaixo nos leitores. E houve quem espalhasse essa sandice.
         O Grêmio, cujo time já foi objeto de rasgados elogios pela imprensa brasileira acima do Mampituba e mundial, errou na quarta-feira. Sim, sem dúvida errou e ninguém é tolo de não admitir que foi o pior segundo tempo em meses.  Em terras gauchescas, Diori Piuí, Diogo Pipoca, Leonardo Papoula e Pedro Legado foram unânimes em detonar a equipe e o esquema adotado, sendo que o último lançou o igualmente previsível “placar difícil de reverter” e que o Flamengo era “perigoso”. Outro que enveredou pela “reversão”. Até as pautas são semelhantes...
         Compreensíveis tais declarações, eis que o Sala de Babação é uma impostura de Dinossauros Vermelhos que passaram a quinta-feira em comemorações. Ora, Srs., nunca é demais lembrar que, em 2017, quando o Fluminense foi anunciado como o adversário do Grêmio em uma fase da Copa do Brasil, Wianey Carlet começou a cantar, ao vivo, o hino do Fluminense, no que foi acompanhado por um entusiasmado Pedro Ernesto. Essas calhordices, meus caros, a torcida não esqueceu.
         O Grêmio, que se apresentou bem no primeiro tempo, foi muito mal no segundo tempo. Natural é a inconformidade. Entregar os pontos, não. Houve severos erros e que nos sirvam de lição, mas não está morto quem peleia. Muito importante existir um espírito crítico, no entanto, a única preocupação do celerado colorado Denardin era falar de um novo interesse na compra de um jogador e que tal haveria disputa com o inter por ele. De novo essa história. E foi desmentido pelo Alberto Guerra. Durma-se com um barulho desses. E há os justinos que não reconhecem haver uma imprensa distorcida no RS, inadmitem que a chamada crônica esportiva gaúcha é viciada. Querem mais um exemplo? Na quinta-feira, veio a corneta incongruente.
         Durante a partida, todos vimos que nosso time sentiu a  parte física, surgindo indagações sobre a questão de se pouparem jogadores (uma necessidade, tenho de admitir, por mais que eu não goste, porque, afinal, são três competições). Entretanto, houve severas críticas por parte da imprensa. Ocorre que no sábado haverá jogo com o Flamengo pelo Brasileiro e, na terça-feira, pela Libertadores, com o Estudiantes. Os mesmos que criticavam os reservas no domingo passado, disseram que a única forma de avançarmos na Libertadores é pouparmos os titulares sábado! Tudo é razão para uma pauta negativa. Ou seja, novamente, nada de novo no front. A ponto de Leonardo Papoula sair na frente no quesito secação e torcida pelo adversário do Grêmio, fazendo, na sexta-feira, coluna sobre as qualidades especiais do Estudiantes e como eles “poderão vencer” o Grêmio com “dinheiro brasileiro”. Haja Bardhal no bico! Ainda na Copa do Brasil, quase me esquecia de mencionar, o ClicRBS saiu-se com uma manchete  que dizia “ após a derrota”. Descobri que havíamos perdido... Isso tudo é a isenção em demasia que os faz esquecer os fatos para propalarem as coisas como eles gostariam que tivesse acontecido. E verás ainda algum Justino querer dizer que não existe IVI. Nunca vi esses “erros” quando tratam de coisas do sci. Para nós, os exemplos abundam. Sempre há uma informação errada, um adversário trocado, um placar equivocado...
              E aqueles mesmos jornalistas que sempre demonstraram “respeito” pela direção colorada, que se calaram sobre meses e meses de salários atrasados, que se omitem sobre as ausências injustificadas de jogadores de lá, que celebram decênio de jogador (quando, na verdade, são apenas oito anos), jornaleiros da ZH, Gaúcha, Grenal e CP quiseram, na quinta e sexta, plantar crise no Grêmio, em decorrência de áudio de Renato. Novamente trouxeram a existência de uma “crise no vestiário” etc.  A verdade em campo, porém, é outra, tanto em relação ao Grêmio quanto em relação aos jogadores e seu relacionamento com o Renato que, de fato, na quarta-feira, tinha todo o direito – e o dever – de se indignar com os jogadores, com o que não viu em campo e consigo mesmo. Assim, a conversa que teve com seus jogadores, as admoestações, tudo isso é algo perfeitamente normal. Não há chefe que, em seu lugar, não tivesse feito rigorosamente o mesmo. No entanto, um meio-repórter da Nal-Nal gravou uns ruídos ininteligíveis que, imediatamente, foram reproduzidos pela emissora dos drones-espiões. Ora! Que crise pode haver em um fato absolutamente normal? Vou mais longe: circula pelas redes sociais um vídeo de Deschamps, treinador francês, passando um belo sabão nos jogadores da seleção francesa, após a fraquíssima partida contra a Austrália. Àquela altura, alguém disse que havia crise na equipe? Vimos todos aonde chegaram os franceses. Uma sacudidela é importante. Um “acorda” é profilático. Pois bem. Que venham todas as broncas do mundo. 

            E para finalizar, meus amigos, quero reiterar que não há nada de novo no Front da IVI. Só espero que os gremistas tenham a serenidade de não se entregarem. Tudo o que vimos nesses últimos dois dias ainda veremos novamente. A IVI não descansa. E o preço da verdade é a eterna vigilância.