NADA DE
NOVO NO FRONT – OUTRA VEZ!
Desde quarta-feira, como todos os
gremistas, fiquei imensamente incomodado com o que se falou e escreveu sobre o
Grêmio e eis que retorno à liça contra a IVI, cuja falta de vergonha não
diminuiu uma vírgula. Ao contrário, o Rio Grande viu-se em frisson com a
continuação da Copa do Brasil, dado o resultado da partida entre Grêmio e
Flamengo na Arena. A coisa foi tão escandalosa com a efervescência vermelha e
isenta dos “cronistas de resultado” da IVI, foi tão mais do mesmo, que resolvi
denominar a conversa de hoje de “Nada de Novo no Front”. E por quê? Justamente
porque as observações que terei de fazer hoje já as fiz em algumas outras
ocasiões. Afinal, a IVI, apesar de invencível, é previsível. Portanto, nada mais
adequado do que dizer que não há nada de novo no front, de novo.
Vou aqui paleteando o teclado, quase sem
saber, ao certo, por onde começar. E eis que me decidi iniciar o entrevero com
a Copa do Brasil. A mesma Copa do Brasil que foi ignorada e desprezada pelos
veículos IVISTAS quando os resultados eram favoráveis. As bem-aventuranças
tricolor foram objeto de desdém por parte da caterva ivista. Com o empate, a
bile que lhes corre nas veias veio à tona. Celebraram de maneira despudorada. A
ponto de, em comentário rudimentar, Malfica das Ovelhinhas, para a segunda partida, no Maracanã, dizer
que “o time deveria ir mais focado para
reverter o resultado”, seja lá o que se quis dizer. Não me espantei uma vírgula
com esse despautério, de vez que tais declarações são uma constante no Novo
Dicionário IVI e sua novilíngua vermelha; afinal, como bem nosso Mestre RW
sempre nos diz, eles são previsíveis. Eu pergunto-lhes: reverter o quê? Ao que
eu saiba, houve um empate. Ao que qualquer pessoa com senso pode dizer, a
disputa está em aberto. Até porque, não se pode esquecer, já tivemos excelentes
precedentes em face do Flamengo, por exemplo, na própria Copa do Brasil em 1999
ou, ainda, na Libertadores de 1983. Jogamos no Maracanã e vencemos com
autoridade. Em 1999, por exemplo, saíramos muito cabisbaixos do Olímpico para,
dois dias depois, sagrar-nos em pleno feudo carioca. Caso, porém, lêssemos as
colunas na quinta-feira, pensaríamos que o Grêmio estava sepultado, tal foi o
clima de terra arrasada que tentaram enfiar goela abaixo nos leitores. E houve
quem espalhasse essa sandice.
O Grêmio, cujo time já
foi objeto de rasgados elogios pela imprensa brasileira acima do Mampituba e
mundial, errou na quarta-feira. Sim, sem dúvida errou e ninguém é tolo de não
admitir que foi o pior segundo tempo em meses. Em terras gauchescas, Diori Piuí, Diogo Pipoca,
Leonardo Papoula e Pedro Legado foram unânimes em detonar a equipe e o esquema
adotado, sendo que o último lançou o igualmente previsível “placar difícil de
reverter” e que o Flamengo era “perigoso”. Outro que enveredou pela “reversão”.
Até as pautas são semelhantes...
Compreensíveis
tais declarações, eis que o Sala de Babação é uma impostura de Dinossauros
Vermelhos que passaram a quinta-feira em comemorações. Ora, Srs., nunca é
demais lembrar que, em 2017, quando o Fluminense foi anunciado como o
adversário do Grêmio em uma fase da Copa do Brasil, Wianey Carlet começou a
cantar, ao vivo, o hino do Fluminense, no que foi acompanhado por um
entusiasmado Pedro Ernesto. Essas calhordices, meus caros, a torcida não
esqueceu.
O Grêmio, que
se apresentou bem no primeiro tempo, foi muito mal no segundo tempo. Natural é
a inconformidade. Entregar os pontos, não. Houve severos erros e que nos sirvam
de lição, mas não está morto quem peleia. Muito importante existir um espírito
crítico, no entanto, a única preocupação do celerado colorado Denardin era
falar de um novo interesse na compra de um jogador e que tal haveria disputa
com o inter por ele. De novo essa história. E foi desmentido pelo Alberto
Guerra. Durma-se com um barulho desses. E há os justinos que não reconhecem
haver uma imprensa distorcida no RS, inadmitem que a chamada crônica esportiva
gaúcha é viciada. Querem mais um exemplo? Na quinta-feira, veio a corneta
incongruente.
Durante a
partida, todos vimos que nosso time sentiu a
parte física, surgindo indagações sobre a questão de se pouparem
jogadores (uma necessidade, tenho de admitir, por mais que eu não goste,
porque, afinal, são três competições). Entretanto, houve severas críticas por
parte da imprensa. Ocorre que no sábado haverá jogo com o Flamengo pelo
Brasileiro e, na terça-feira, pela Libertadores, com o Estudiantes. Os mesmos
que criticavam os reservas no domingo passado, disseram que a única forma de
avançarmos na Libertadores é pouparmos os titulares sábado! Tudo é razão para
uma pauta negativa. Ou seja, novamente, nada de novo no front. A ponto de
Leonardo Papoula sair na frente no quesito secação e torcida pelo adversário do
Grêmio, fazendo, na sexta-feira, coluna sobre as qualidades especiais do
Estudiantes e como eles “poderão vencer” o Grêmio com “dinheiro brasileiro”.
Haja Bardhal no bico! Ainda na Copa do Brasil, quase me esquecia de mencionar,
o ClicRBS saiu-se com uma manchete que
dizia “ após a derrota”. Descobri que havíamos perdido... Isso tudo é a isenção
em demasia que os faz esquecer os fatos para propalarem as coisas como eles
gostariam que tivesse acontecido. E verás ainda algum Justino querer dizer que
não existe IVI. Nunca vi esses “erros” quando tratam de coisas do sci. Para
nós, os exemplos abundam. Sempre há uma informação errada, um adversário
trocado, um placar equivocado...
E aqueles mesmos
jornalistas que sempre demonstraram “respeito” pela direção colorada, que se
calaram sobre meses e meses de salários atrasados, que se omitem sobre as
ausências injustificadas de jogadores de lá, que celebram decênio de jogador
(quando, na verdade, são apenas oito anos), jornaleiros da ZH, Gaúcha, Grenal e
CP quiseram, na quinta e sexta, plantar crise no Grêmio, em decorrência de
áudio de Renato. Novamente trouxeram a existência de uma “crise no vestiário”
etc. A verdade em campo, porém, é outra,
tanto em relação ao Grêmio quanto em relação aos jogadores e seu relacionamento
com o Renato que, de fato, na quarta-feira, tinha todo o direito – e o dever –
de se indignar com os jogadores, com o que não viu em campo e consigo mesmo.
Assim, a conversa que teve com seus jogadores, as admoestações, tudo isso é
algo perfeitamente normal. Não há chefe que, em seu lugar, não tivesse feito
rigorosamente o mesmo. No entanto, um meio-repórter da Nal-Nal gravou uns
ruídos ininteligíveis que, imediatamente, foram reproduzidos pela emissora dos
drones-espiões. Ora! Que crise pode haver em um fato absolutamente normal? Vou
mais longe: circula pelas redes sociais um vídeo de Deschamps, treinador
francês, passando um belo sabão nos jogadores da seleção francesa, após a
fraquíssima partida contra a Austrália. Àquela altura, alguém disse que havia
crise na equipe? Vimos todos aonde chegaram os franceses. Uma sacudidela é
importante. Um “acorda” é profilático. Pois bem. Que venham todas as broncas do
mundo.
E para finalizar, meus
amigos, quero reiterar que não há nada de novo no Front da IVI. Só espero que
os gremistas tenham a serenidade de não se entregarem. Tudo o que vimos nesses
últimos dois dias ainda veremos novamente. A IVI não descansa. E o preço da
verdade é a eterna vigilância.