sábado, 8 de setembro de 2018

Coluna de Flavio Guberman


Resultado de imagem para flavio guberman



O GRE-NAL CHEGOU E A NOVA PAUTA DA AGENDA NEGATIVA, TAMBÉM

                   Amanhã teremos o Grenal e, em decorrência disso, a IVI naturalmente se assanha. Com efeito, desde sábado passado, após a nossa vitória sobre o Botafogo e a deles no domingo, nossos isentos conhecidos têm-se esmerado na isenção hercúlea e nas distorções de praxe. Nada de novo sob o sol do Rio Grande, salvo um ou outro novo pequeno  isento que antes rastejava sob as pedras da rádio nal-nal e agora quer passar ao time principal da IVI.
                   Aliás, a campanha que este tipo tem feito nas ondas da rádio é a prova de que as redes sociais azuis têm poder e o Blog é temido. Tanto que o tenta usar o novo isento para forjar-se um lugar. Pronto, beócio amigo, conheceste o ápice. Falei de ti na Coluna. E chega.
                   Vamos, porém, dedicar-nos a clássicos ivistas: Diogo Pipoca, Diori Piu-piu, Marcos Boboncello, Pedrernesto Legado  Denardin e Capitão da IVI Redche. Até porque não há almas mais idênticas na imprensa rubra que essas figuras caricatas do mundo vermelho da imprensa gaúcha. Falo do futebol somente. Não há PDF mágico que dê jeito.

                   A semana do Gre-nada abre uma miríade de oportunidades para que os isentos demonstrem toda sua força de vontade e manifestem-se no esplendor da ignomínia rubra. Insistem ( e desde antes dessa semana, diga-se) que os times estão em mesmo plano e até ousam sugerir que o sci anda melhor. Vão usando, todos os anos, a mesma espécie de argumentos e desconstrução. Duvidam? No dia 3, dia após a vitória dos times, Diogo Pipoca, do alto de seus saltos, saiu-se com a coluna sumiço. Alertava o colunista que o Grêmio sumira e seria um mero time comum... Chamem o Comissário Maigret, meus senhores. Para onde teria ido o campeão da Copa do Brasil, da Libertadores, do Gauchão e da Recopa esse ano? Isso o Sr. Pipoca, em meio aos seus devaneios travestidos de verdade, não responde na sua coluna cheia de lugares-comuns e erros de concordância. No entanto, já para os meninos de Maionese, escreveu que haveria expressivo avanço tático.  Indaga-se pelas bandas da Ipiranga se o cronista de resultados não estaria sob os mesmos efeitos dos diuréticos que certa esposa não localizada deu a um jogador cujo nome eu não declinei em momento algum.

                            Isso tudo é muito antigo, de fato. E é o mesmo procedimento antes de todo e qualquer Gre-nal. Podem procurar nos arquivos. E não parou por aí. No Sportv, por exemplo, Diogo pipoca passou a semana desfiando seu fel anti-Grêmio. E chegou-se a uma incrível “seleção” em que Lomba era considerado melhor que Grohe. Só por aí se pode ver o nível a que chegou a coisa toda. O Clima de oba-oba tomou conta do Rio Grande do Sul. Eles não só já deram o troféu do Brasileiro para o SCI, como já decretaram que tomaremos um vareio amanhã. Veja-se que absurdo! Passaram a semana, ainda, massacrando que o inter tem mais vitórias em Gre-nais. Puro engodo. O pessoal do Hospício Tricolor fez um baita trabalho de desmistificação dessa falácia (procurem lá no site deles).  O que os isentos não disseram é que, em brasileiros e com arbitragem de fora do estado, a superioridade do Grêmio é patente e bem fincada. Sem o nível FGF de arbitragem, eles não se criam. Aliás, o sci vasculha o mercado em busca de novos árbitros, já que os do plantel atual não estão rendendo o esperado.

                            É, porém, forçoso reconhecer que a situação não para por aí e que eles são extremamente diligentes e criativos, mantendo, sempre, atualizada a agenda negativa anti-gremista. Semana passada, por exemplo, a tônica dominante, após nossa classificação na Libertadores (cujo empate de Allison e os pênaltis muito bem cobrados frustraram as comemorações vermelhas que já aconteciam nos microfones isentos), foi a retomada do discurso que já aparecera em 2017: adversários fracos.

                    Aconteceu assim: na manhã de quarta-feira, dia 29, dia após o jogo, em seu programa matinal, Café com Vinagre anti-Grêmio, o Capitão da IVI, Kaputt Redche enveredou pelo discursinho rastaquera do Tucumán time de segunda divisão com elenco limitado, terminando por falar que o Grêmio tinha sido favorecido pelo segundo ano com adversários sem tradição, e, ao mesmíssimo tempo, em outro dial, Pedro Legado, na IVI da Ipiranga, falava, novamente, no “caminho fácil” na Libertadores e nos “adversários sem tradição”, pontuando o “limitado elenco do Tucumán”(argumento irmão do Estudiantes com time jovem inexperiente, lembram-se?) e terminando sobre a possibilidade de retirarem o jogo do estádio do Tucumán por falta de condições, o que “favoreceria o Grêmio”.  Imediatamente me veio à cabeça a concertação entre eles. Com efeito, qual a probabilidade de duas e emissoras concorrentes, no mesmo horário, terem a mesma pauta com os mesmíssimos argumentos? Notem que não é a mesma linha de raciocínio, são os mesmos argumentos, a mesma tônica frasal e os mesmos adjetivos!  O que nos remete, invariavelmente, que há, para dizer o mínimo, insisto, um entendimento entre eles para martelarem a mesma tecla insistentemente.

                   Ainda duvidam que há acerto de pauta? Pois se segurem aí porque há mais. E eis que estamos assistindo a nova pauta: o Grêmio favorecido pela arbitragem. Essa foi a tônica da semana. Dessa vez, a ajeitada da bola para o outro bater deu-se entre Diori Piu-Piu e Marcos boboncelo.

                    Diori Piu-Piu começou a falar, em coluna-leviandade, que o Grêmio seria o time mais beneficiado pela marcação de pênaltis a seu favor. Disse-o com insídia. Disse-o querendo dar a transparecer que teriam sido penalidades irregularmente marcadas. Só que não o foram. Diori, que permaneceu estranhamente calado quando foram sonegados três penais a nosso favor em Gre-nal e foi o único a enxergar pênalti para o Santos na quinta-feira, arremata sua lógica pilantra dizendo que “não sao penalidades habitualmente marcadas pelos árbitros’. É um biltre, um poltrão, um fanfarrão vermelho, esse Diori! Todos os pênaltis marcados foram pênaltis claros, basta-se ler e examinar as regras do futebol. Se por acaso os árbitros não os marcavam, culpa dos árbitros que, eles sim, estavam violando as normas. Marcá-los, então, era o correto a ser feito. Não, porém, para o distorcido raciocínio vermelho diorista. Típico da novilingua da IVI: querer transformar, por jogo de palavras, algo bom em algo ruim. E isso também foi feito por Marcos boboncelo.

                   O pequeno rei das perguntinhas anódinas no twitter saiu-se com coluna falando de “rei dos acréscimos”, intitulada “acréscimos até marcar gol”. O que quis o pascácio dizer? Que os golos marcados pelo nosso time aos finais das partidas seriam obra não da garra, da dedicação, da luta copeira, mas, sim, de um estranho auxilio arbitral. Esquece o miúdo red, por exemplo, o jogo contra o Flamengo em que não nos foram dados acréscimos, que tampouco os golos legítimos que marcamos nos acréscimos, como o contra o Estudiantes, foram-no por mérito e esforço e que a partida continuou depois e que, afinal, acréscimos ainda significa jogo, significa reposição de tempo que fora desperdiçado antes.

                    Seria coincidência duas colunas tratando de favorecimento de arbitragem na semana anterior ao Gre-nal ? Não, não existe coincidência ou acaso na IVI. O que vemos é a mais nova pauta da agenda negativa, o inventar que a arbitragem favorece o Grêmio e prejudica os seus oponentes. Isso, então, lhes dá munição dupla: seja para, se chegarmos ao título do Brasileiro (o que é possível), desmerecerem-no, a dizer que seria obra do apito amigo, e, ademais, caso os derrotemos amanhã, que isso passará(ia) pelo mesmo apito. Vacinem-se, portanto.

                   Novamente, amigos, é isso: nada de novo sob o sol. Amanha temos de entrar focados em campo, com espírito de luta e garra para conquistarmos os três pontos lá dentro, calá-los e empenharmo-nos na conquista do Brasileirão.