http://sul21.com.br/jornal/2011/08/roberto-siegmann-inter-peca-em-democracia-e-transparencia/ (entrevista completa)
Sul21 – O que o senhor acha da presença do Fernandão como diretor
técnico?
Roberto Siegmann – Acho trágica. Há uma cultura de idolatria
no Internacional. Tudo o que voltar a 2005-2006 é uma maravilha. Vários
jogadores foram contratados – Renan, Tinga, Bolívar, Sóbis – no anopassado, na
mesma ideia do De Volta para o Futuro I, II, III, etc. O futebol está aí para
nos desafiar, para que inventemos novos modelos e posturas, não para a gente
ficar se repetindo. No imaginário do presidente, ele pensava em alguém que
pudesse discutir a escalação com o treinador, interferir na contratação de
jogadores e tivesse uma boa relação com eles. Nós já temos o Fábio Mahseredjian,
o Élio Caravetta (preparadores físicos) e mais duzentas pessoas que têm
relação com os jogadores. Não precisa mais gente. Sobre discutir a escalação:
nenhum técnico com quem eu já tenha trabalhado que admita uma pessoa como o
Fernandão dando pitacos sobre escalação. Até é admitida a intromissão de um
dirigente quando as coisas estão ruins, mas de um ex-jogador que recém se
aposentou? Nenhum treinador reconhecerá e admitirá a legitimidade nesta figura.
O Inter, então, criou um monstro.