A mobilização nos "faces" e blogs azuis foi impressionamente.
Por 72 horas o RS achou que a violência nos estádios se resumia a Geral do Grêmio
Nas redes sociais o assunto da violência da festa de despedida de UH Fabiano foi compartilhado milhares de vezes.
Os corneteiros agradecem a Zero Hora de domingo.
Estão informando que também existe violência no lado vermelho.
O tumulto da festa de UH Fabiano estava com "teia de aranha" na mídia.
Nos últimos tempos era só Geral...Geral.......
O mundo do Face e dos blogs explorou este assunto antes.
O tumulto da festa de UH Fabiano estava com "teia de aranha" na mídia.
Nos últimos tempos era só Geral...Geral.......
O mundo do Face e dos blogs explorou este assunto antes.
Tirou da gaveta
Está virando rotina.
De qualquer sorte, os nossos agradecimentos para a Zero Hora
30 de dezembro de 2012 | N° 17298AlertaVoltar para a edição de hoje
FUTEBOL
O que explica a violência
Disputa por verbas e poder transformaram parte das torcidas organizadas em grupos prontos para a guerra. Especialistas temem que o Brasil passe por um processo de radicalismo, vivenciado pela Argentina e pelo Leste Europeu.
Cenas recentes como as da briga entre integrantes da Geral do Grêmio na
inauguração da Arena ou do tumulto entre a Guarda Popular e a Popular, do Inter,
há um ano no Beira-Rio, trouxeram à tona o lado violento das torcidas
organizadas.
Formadas pela paixão de torcedores por seus times, grandes torcidas envolvem bem mais do que apenas a festa nas arquibancadas: a disputa por verbas, respeito e proteção em partidas fora de casa são ingredientes explosivos para os conflitos.
Tanto quanto rixas pessoais e rivalidades entre os clubes, o dinheiro movimentado quando as organizações tomam corpo é também motor para os tumultos. Ansiosos por apoio em jogos fora de casa, os clubes fornecem ingressos e ônibus para torcedores acompanharem os times – benefícios que se tornam uma disputada fonte de renda. Em dezembro de 2011, logo após protagonizar um tumulto no jogo de despedida de Fabiano Souza no Beira-Rio, o então líder da Guarda Popular, Hierro, avaliou em R$ 25 mil o movimento mensal:
– É até pouco para o nosso tamanho.
Nos estádios, isso se traduz em tensão permanente entre rivais e até facções de uma mesma torcida. É quando, como comprovado nas imagens da briga na Arena, o jogo e o time ficam em segundo plano. Para o tenente-coronel Kleber Rodrigues Goulart, comandante do Batalhão de Operações Especiais (BOE), a situação entre as torcidas coloradas ficou mais calma após os tumultos do ano passado devido à redução dos benefícios feita pelo Inter – caminho anunciado, agora, pela direção gremista. Para o comandante, se os clubes e torcedores não rejeitarem as práticas violentas das organizadas, o Brasil poderá começar a ver situações como as vividas na Argentina e na Europa:
– Estamos num processo de hooliganismo. Continuando assim, chegaremos ao ponto do Leste Europeu, em que as torcidas são tão poderosas que decidem contratações dos clubes.
Em todo o país, polícias e Ministério Público têm nas organizadas e suas facções uma fonte permanente de dores de cabeça. Apenas em 2012, o MP pediu a suspensão ou extinção de torcidas de Corinthians, Palmeiras e Guarani (São Paulo), Flamengo e Vasco (Rio). Integrante da Comissão Nacional de Prevenção e Combate à Violência em Estádios, o promotor do MP do Rio Pedro Rubim diz que o ciclo de violência se reproduz com rixas que não cicatrizam. Neste ano, por exemplo, após a morte de um flamenguista por torcedores do Vasco, integrantes da Torcida Jovem do Flamengo teriam planejado o revide, que resultou na morte de um vascaíno. E a violência acaba aumentando o cacife das torcidas junto aos clubes, diz o promotor.
– A ideia de que são violentos e irracionais faz com que o dirigente dê apoio, ingressos, patrocínio – explica Rubim, que determinou o fim dos benefícios às torcidas suspensas.
Ao lado, os fatores que fazem das brigas de torcidas mais do que simples arruaça juvenil
Formadas pela paixão de torcedores por seus times, grandes torcidas envolvem bem mais do que apenas a festa nas arquibancadas: a disputa por verbas, respeito e proteção em partidas fora de casa são ingredientes explosivos para os conflitos.
Tanto quanto rixas pessoais e rivalidades entre os clubes, o dinheiro movimentado quando as organizações tomam corpo é também motor para os tumultos. Ansiosos por apoio em jogos fora de casa, os clubes fornecem ingressos e ônibus para torcedores acompanharem os times – benefícios que se tornam uma disputada fonte de renda. Em dezembro de 2011, logo após protagonizar um tumulto no jogo de despedida de Fabiano Souza no Beira-Rio, o então líder da Guarda Popular, Hierro, avaliou em R$ 25 mil o movimento mensal:
– É até pouco para o nosso tamanho.
Nos estádios, isso se traduz em tensão permanente entre rivais e até facções de uma mesma torcida. É quando, como comprovado nas imagens da briga na Arena, o jogo e o time ficam em segundo plano. Para o tenente-coronel Kleber Rodrigues Goulart, comandante do Batalhão de Operações Especiais (BOE), a situação entre as torcidas coloradas ficou mais calma após os tumultos do ano passado devido à redução dos benefícios feita pelo Inter – caminho anunciado, agora, pela direção gremista. Para o comandante, se os clubes e torcedores não rejeitarem as práticas violentas das organizadas, o Brasil poderá começar a ver situações como as vividas na Argentina e na Europa:
– Estamos num processo de hooliganismo. Continuando assim, chegaremos ao ponto do Leste Europeu, em que as torcidas são tão poderosas que decidem contratações dos clubes.
Em todo o país, polícias e Ministério Público têm nas organizadas e suas facções uma fonte permanente de dores de cabeça. Apenas em 2012, o MP pediu a suspensão ou extinção de torcidas de Corinthians, Palmeiras e Guarani (São Paulo), Flamengo e Vasco (Rio). Integrante da Comissão Nacional de Prevenção e Combate à Violência em Estádios, o promotor do MP do Rio Pedro Rubim diz que o ciclo de violência se reproduz com rixas que não cicatrizam. Neste ano, por exemplo, após a morte de um flamenguista por torcedores do Vasco, integrantes da Torcida Jovem do Flamengo teriam planejado o revide, que resultou na morte de um vascaíno. E a violência acaba aumentando o cacife das torcidas junto aos clubes, diz o promotor.
– A ideia de que são violentos e irracionais faz com que o dirigente dê apoio, ingressos, patrocínio – explica Rubim, que determinou o fim dos benefícios às torcidas suspensas.
Ao lado, os fatores que fazem das brigas de torcidas mais do que simples arruaça juvenil