Extraído da internet do blog da jornalista Vanda Célia
Você sabe o que é um tudólogo?
Na França, chamam-se “tudólogos” os “jornalistas e comunicadores”, que “falam de (quase) tudo dizendo o que quer que seja”, conforme registram os autores do livro "Les Éditocrates", de 2009.
O conceito de “tudólogo” refere ironicamente a um suposto conhecimento universal, o de emitir opiniões que ninguém está pedindo e dar respostas a perguntas que ninguém está fazendo. É, na verdade, a detenção do poder de editorializar a realidade, de incluí-la na agenda da mídia.
Os “tudólogos” do jornalismo brasileiro atuam na internet o tempo todo, de manhã à noite, da noite à manhã, de segunda a domingo. E nunca se calam. Quem fizer a aposta de atravessar uma semana inteira sem tropeçar em um deles saberá, pela amarga experiência do fracasso, que tal desafio é impossível de vencer.
Há quem diga que a praga do ruído dos "tudólogos" acaba por prejudicar a atenção por quem realmente pode acrescentar algo ao conhecimento e ao raciocínio das pessoas. Eles parecem entreter, mas afinal contribuem para um generalizado cansaço noticioso das pessoas, uma irritação latente para com a vida coletiva.
O conceito de “tudólogo” refere ironicamente a um suposto conhecimento universal, o de emitir opiniões que ninguém está pedindo e dar respostas a perguntas que ninguém está fazendo. É, na verdade, a detenção do poder de editorializar a realidade, de incluí-la na agenda da mídia.
Os “tudólogos” do jornalismo brasileiro atuam na internet o tempo todo, de manhã à noite, da noite à manhã, de segunda a domingo. E nunca se calam. Quem fizer a aposta de atravessar uma semana inteira sem tropeçar em um deles saberá, pela amarga experiência do fracasso, que tal desafio é impossível de vencer.
Há quem diga que a praga do ruído dos "tudólogos" acaba por prejudicar a atenção por quem realmente pode acrescentar algo ao conhecimento e ao raciocínio das pessoas. Eles parecem entreter, mas afinal contribuem para um generalizado cansaço noticioso das pessoas, uma irritação latente para com a vida coletiva.
Diderot, no século XVIII, estabeleceu o “achismo” e a crítica como criação de espaços de liberdade. Disse que o aparecimento da crítica tinha tornado melhores os melhores, mais exigentes consigo. Alguns "tudólogos" de hoje em dia, porém, só produzem chateações com seu atrevimento e falta de conteúdo. Falam e escrevem sem fundamentação, só porque lhes facultaram o poleiro.
RW postado as 6:00 04.03.2012