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Dia 18 - publicaremos O DVD do Barça - Fernando Carvalho (antes de Barça X corintians)
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Extraido do blog
Boa parte de um vasto material recolhido em muitos anos de pesquisas está disponível nesta página para todos os que se interessam em conhecer o futebol e outros esportes a fundo.
sábado, 18 de julho de 2009
Grenal, um clássico de 100 anos (6)
O Grêmio mandou no futebol gaúcho até 1968. Foram longos sete anos. Em 1969 o Internacional reagiria com várias ações que mudariam o destino do clube. Primeiro, foi contratado o técnico Daltro Menezes, vindo do Juventude de Caxias, que montou um time mesclado por jogadores experientes e alguns jovens. A diretoria também inovou ao confiar o futebol a um quinteto de jovens que trouxe novos conceitos e implantou uma filosofia vitoriosa de trabalho, que se prolongou pelos próximos oito anos. Eram eles: Ibsen Pinheiro, Ivo Corrêa Pires, Claudio Cabral, Hugo Amorim e Paulo Portanova, que entraram para a história como “os Mandarins”.
No Grenal decisivo do campeonato daquele ano, quando bastava o empate para o Inter ser campeão, aconteceram alguns fatos que mostraram claramente que os dirigentes não estavam para brincadeira. O árbitro Zeno Escobar Barbosa não deixava o jogo andar, cobrava falta em cima de falta. No intervalo o dirigente colorado Ivo Correia Pires se aproximou do juiz e o encheu de desaforos: “Gato, ladrão, gremista. Pode me expulsar se quiser, seu ladrão”.
Com o clima bastante quente, veio o segundo tempo de jogo. Aos 16 minutos Valdomiro fez 1 X 0 para o Internacional, mas o gol foi anulado sob a desculpa de que houvera falta em Everaldo. A torcida, na esmagadora maioria do Internacional, quase enlouqueceu. Os jogadores pressionavam o árbitro. Foi quando o dirigente Ibsen Pinheiro entrou no gramado, calmamente, com as mãos no bolso. A Policia Militar nem esboçou reação, visto que ele não gesticulou e nem estava agitado. Todos pensavam que ele ia acalmar os ânimos.
Ledo engano. Ibsen chegou junto a Zeno Escobar Barbosa e advertiu, olho no olho: “Isso aqui está uma loucura. Nós todos vamos morrer aqui dentro. O povo vai pular os portões da “coréia” (era um local onde os ingressos eram mais baratos) e vai ser um massacre”. O juiz apenas balbuciou: “Deixa comigo, deixa comigo, deixa comigo”.
E realmente as coisas começaram a se acomodar. O juiz expulsou Volmir e Alcindo saiu de campo machucado. O Grêmio já havia feito as duas substituições permitidas na época e ficara com 9 jogadores em campo. Tudo parecia encaminhar-se para um final tranqüilo, até que aos 40 minutos o zagueiro Áureo deu um chutão de longe, a bola ia em direção ao gol. Silêncio profundo no estádio. Até o juiz rezou para que a bola não entrasse. E esta, caprichosamente passou rente ao poste superior da meta de Gainete.
Alivio geral. Os minutos restantes foram gastos com a bola andando de pé em pé dos jogadores colorados. Zeno Escobar Barbosa não deu nem um minuto de acréscimo e o Internacional comemorou o título
RW postado as 13:30 de 03.04.2012
No Grenal decisivo do campeonato daquele ano, quando bastava o empate para o Inter ser campeão, aconteceram alguns fatos que mostraram claramente que os dirigentes não estavam para brincadeira. O árbitro Zeno Escobar Barbosa não deixava o jogo andar, cobrava falta em cima de falta. No intervalo o dirigente colorado Ivo Correia Pires se aproximou do juiz e o encheu de desaforos: “Gato, ladrão, gremista. Pode me expulsar se quiser, seu ladrão”.
Com o clima bastante quente, veio o segundo tempo de jogo. Aos 16 minutos Valdomiro fez 1 X 0 para o Internacional, mas o gol foi anulado sob a desculpa de que houvera falta em Everaldo. A torcida, na esmagadora maioria do Internacional, quase enlouqueceu. Os jogadores pressionavam o árbitro. Foi quando o dirigente Ibsen Pinheiro entrou no gramado, calmamente, com as mãos no bolso. A Policia Militar nem esboçou reação, visto que ele não gesticulou e nem estava agitado. Todos pensavam que ele ia acalmar os ânimos.
Ledo engano. Ibsen chegou junto a Zeno Escobar Barbosa e advertiu, olho no olho: “Isso aqui está uma loucura. Nós todos vamos morrer aqui dentro. O povo vai pular os portões da “coréia” (era um local onde os ingressos eram mais baratos) e vai ser um massacre”. O juiz apenas balbuciou: “Deixa comigo, deixa comigo, deixa comigo”.
E realmente as coisas começaram a se acomodar. O juiz expulsou Volmir e Alcindo saiu de campo machucado. O Grêmio já havia feito as duas substituições permitidas na época e ficara com 9 jogadores em campo. Tudo parecia encaminhar-se para um final tranqüilo, até que aos 40 minutos o zagueiro Áureo deu um chutão de longe, a bola ia em direção ao gol. Silêncio profundo no estádio. Até o juiz rezou para que a bola não entrasse. E esta, caprichosamente passou rente ao poste superior da meta de Gainete.
Alivio geral. Os minutos restantes foram gastos com a bola andando de pé em pé dos jogadores colorados. Zeno Escobar Barbosa não deu nem um minuto de acréscimo e o Internacional comemorou o título
RW postado as 13:30 de 03.04.2012