sábado, 2 de junho de 2012

cornetadorw entrevista o árbitro que mais apitou Grenais.Do clássico BaGua a expulsão de Falcão!



Ele é Carlos Sérgio Rosa Martins.
Apitou 25 grenais.
Perguntem ao próprio.Ou ao Antonio Augusto.E se tiverem dúvidas leiam o livro  A Historia dos Grenais.
Aposentado com Assessor da Procuradoria Geral do Estado está trabalhando atualmente como corretor de Imóveis na Imobiliária Ideale.
Estivemos com ele nesta tarde.E fizemos alguma perguntas.
Vamos lá:
1.Qual o jogador que mais reclamou e deu trabalho na tua carreira?
O jogador mais difícil que tive de administrar na época, sem dúvida Chicão do São Paulo.
2.E o mais educado?
Mais educado, sem pestanejar, Arthur Antunes Coimbra mais conhecido como Zico do Flamengo.
3 Qual o treinador mais chorão?
O treinador mais chorão, que Deus o tenha no seu reino, Daltro Menezes.
4.Como é apitar na Bombonera?
Sente-se forte emoção, realmente a Bombonera é um templo sagrado, pelo menos na minha época assim era considerado.
5.Qual o clássico mais dificil de apitar (excluindo o Gre-nal)?
Sem dúvida o RExPA, Remo e Paissandú em Belém do Pará, clássico onde meu nome era sempre lembrado e que tive a felicidade, também, de ser um dos árbitros que mais apitou.
6.O que senhor acha do estilo Leandro Vuaden de apitar?
 Considero uma arbitragem muito liberal, particularmente não gosto, o jogador brasileiro volto a frisar,  no meu entendimento, tem que ser conduzido com rédeas curtas, caso contrário, confunde liberdade para jogar com vantagem na jogada.
7. Bagé ou Passo Fundo.Qual era o pior lugar para apitar?
 Sem dúvida, Os clássicos BaxGua eram de uma dificuldade a toda a prova, portanto, a resposta é Bagé.
8.Qual o erro que deixou o senhor sem dormir?
Sem dúvida a expulsão de Falcão num GrexNal, fui levado na conversa pela encenação proporcionada, se não me engano pelo atleta Victor Hugo do Grêmio, que foi muita acintosa diga-se de passagem.
9.Como é a história de ter participado de um trio de arbitragem numa final de Libertadores,sendo um dos participantes um clube brasileiro?
Realmente esse fato é desconhecido pelo grande público que gosta de futebol. Acontece que, no meu primeiro ano como árbitro FIFA, 1980, fui designado para ser o árbitro reserva do primeiro jogo da final da Copa Libertadores de 1980, jogo esse marcado para o Estádio Beira Rio, entre as equipes do SC Internacional e do C.A. Nacional de Montevidéu (Uruguai). Na época o sistema empregado era de sorteio entre três árbitros de distintos países e o reserva era do país de origem do participante. O que aconteceu fora da normalidade dos fatos: um dos integrantes do Trio escalado, Jorge Romero (argentino), Carlos Maciel (Paraguaio) e Vicente Lobregat (Venezuela), este último teve um problema e não compareceu, ocasionando com isso um problema na hora de se fazer o sorteio. O sorteio era feito sempre meia hora antes no vestiário da arbitragem, sorteava-se sempre quem tiraria a bola branca (árbitro), a bola vermelha (auxiliar que seria o substituto do árbitro, caso mesmo tivesse algum problema durante a partida) e, por último, quem tirasse a bola amarela, este seria o auxiliar com a bandeira amarela, aquele que correria pela orla das gerais, tudo isso feito na presença dos representantes dos clubes, da imprensa, e supervisionado pelo Vedor da Comebol, isto é, Representante da Confederação Sul-Americana. O que aconteceu com a não presença do árbitro Venezuelano. Eu como árbitro reserva designado teria que entrar a fazer parte do trio escalado pois para isso existe o árbitro reserva. Acontece que o representante do clube uruguaio não aceitava de maneira alguma a minha presença no trio de arbitragem pois eu era árbitro brasileiro e isso feria o regulamento da competição, não seria neutro e negava-se a entrar em campo. Formou-se um pequeno tumulto no vestiário entre as partes e eu ali só observando. Após muitos debates as partes chegaram a um consenso : o C.A. Nacional só entraria em campo caso eu não participasse do sorteio, isto é, o sorteio seria entre o árbitro argentino (Jorge Romero) e o árbitro paraguaio (Carlos Maciel) e eu seria o auxiliar bandeira amarela. Todos concordaram e, graças a Deus, participei do trio de arbitragem, não houve nenhum motivo para reclamações, a partida teve seu resultado final em 0x0, sem queixas contra a minha participação na arbitragem. Portanto, posso afirmar sem medo de errar, que sou o único árbitro, na história da Copa Libertadores, sem ser neutro, a fazer parte da arbitragem numa final de Libertadores.
10.Estás trabalhando ainda?
 Meu dia a dia  profissional atualmente se resume na corretagem de imóveis, sou corretor  devidamente habilitado pelo Conselho Regional dos Corretores de Imóveis do Rio Grande do Sul (CRECI/RS), exercendo minhas atividades na Ideale Imóveis, Av. José de Alencar, 1356, Sobre-Loja, na Rótula do PAPA, telefones para contato :51-3024.6324 e 51-9784.6815.
11.E para encerrar :qual foi o melhor árbitro brasileiro na tua opinião?
Se a pergunta diz respeito à arbitragem, sem hesitar : Romualdo Arppi Filho, se a pergunta diz respeito a atleta : também não hesito, com 27 anos de arbitragem sendo deste 10 como árbitro FIFA respondo Edson Arantes do Nascimento.