Quando o Ministério Publico ajuizou a ação propondo a interdição do Beira-Rio, Kenny Braga teve uma reação indignada no Sala de Redação que resultou numa manifestação de um promotor público no mesmo programa.
Vários adjetivos foram lançados ao MP.Todos ouviram.
Teremos isto de novo hoje?
Matéria extraída de Zero Hora
Problema na reforma04/06/2012 | 21h18
Parte das obras do Beira-Rio está interditada por risco aos operários
Funcionários estavam expostos a quedas e choques, segundo Superintendência Regional do Trabalho
A interrupção abrange um trecho de aproximadamente 100 metros Foto: Omar Freitas / Agencia RBS
Paulo Germano
Por representar "risco grave e iminente" aos operários, parte das obras do Beira-Rio está interditada pela Superintendência Regional do Trabalho.
A interrupção abrange um trecho de aproximadamente 100 metros, onde trabalhadores estariam correndo perigo de cair e levar choques elétricos. Auditores da superintendência também investigam supostas contratações ilegais na obra.
Os trabalhos estão suspensos desde 25 de abril na área problemática – situada no anel superior do estádio, em cima das sociais –, mas a interdição não havia sido divulgada.
– Alguns dias atrás, a empresa (Andrade Gutierrez, responsável pela obra) solicitou a liberação daquele trecho após adotar algumas medidas, mas entendemos que não foram suficientes – afirma Luiz Alfredo Scienza, auditor fiscal do Trabalho.
Segundo Scienza, uma máquina betoneira de argamassa, com engrenagens expostas, também foi interditada por oferecer risco à integridade física dos trabalhadores. Atualmente, a auditoria da Superintendência Regional do Trabalho se dedica a investigar como foram contratados cerca de 40 operários da reforma no Beira-Rio.
A legislação trabalhista proíbe que funcionários com atuação direta na obra – é o caso de pedreiros, por exemplo – sejam empregados de empresas terceirizadas. Eles devem ser contratados pela própria construtora.
– Recebemos denúncias e, durante a inspeção no local, observamos pessoas trabalhando em condições que mereciam averiguação – afirma Scienza.
Ao falar sobre o trecho do estádio interditado, o superintendente regional do Trabalho em exercício, Luiz Felipe Brandão de Mello, garante que "são coisas simples de resolver, nada que impeça o prosseguimento normal da obra." Já o ex-superintendente Heron de Oliveira, que ocupava o cargo quando a interdição foi determinada, em abril, tem outra percepção:
– Se fosse simples de resolver, (o trecho) já teria sido liberado. Desde a interdição, ocorreram várias reuniões com engenheiros da obra e, até agora, não houve solução.
O que diz a Andrade Gutierrez:
O gerente da reforma do Beira-Rio, engenheiro Lucio Matteucci, da Andrade Gutierrez, informa em nota que "o cronograma da obra está mantido", com conclusão prevista para dezembro de 2013. Segundo ele, a área interditada abrigava apenas "serviços preliminares".
Matteucci afirma que ações corretivas foram realizadas no trecho interditado, e um relatório foi encaminhado à Superintendência Regional do Trabalho, que solicitou novos esclarecimentos. A resposta da empresa está sendo providenciada.
Sobre as supostas contratações ilegais, o engenheiro pondera: "A Andrade Gutierrez entende que todas suas contratações estão de acordo com a legislação nacional."
RW postado as 7:00 05.06.2012
A interrupção abrange um trecho de aproximadamente 100 metros, onde trabalhadores estariam correndo perigo de cair e levar choques elétricos. Auditores da superintendência também investigam supostas contratações ilegais na obra.
Os trabalhos estão suspensos desde 25 de abril na área problemática – situada no anel superior do estádio, em cima das sociais –, mas a interdição não havia sido divulgada.
– Alguns dias atrás, a empresa (Andrade Gutierrez, responsável pela obra) solicitou a liberação daquele trecho após adotar algumas medidas, mas entendemos que não foram suficientes – afirma Luiz Alfredo Scienza, auditor fiscal do Trabalho.
Segundo Scienza, uma máquina betoneira de argamassa, com engrenagens expostas, também foi interditada por oferecer risco à integridade física dos trabalhadores. Atualmente, a auditoria da Superintendência Regional do Trabalho se dedica a investigar como foram contratados cerca de 40 operários da reforma no Beira-Rio.
A legislação trabalhista proíbe que funcionários com atuação direta na obra – é o caso de pedreiros, por exemplo – sejam empregados de empresas terceirizadas. Eles devem ser contratados pela própria construtora.
– Recebemos denúncias e, durante a inspeção no local, observamos pessoas trabalhando em condições que mereciam averiguação – afirma Scienza.
Ao falar sobre o trecho do estádio interditado, o superintendente regional do Trabalho em exercício, Luiz Felipe Brandão de Mello, garante que "são coisas simples de resolver, nada que impeça o prosseguimento normal da obra." Já o ex-superintendente Heron de Oliveira, que ocupava o cargo quando a interdição foi determinada, em abril, tem outra percepção:
– Se fosse simples de resolver, (o trecho) já teria sido liberado. Desde a interdição, ocorreram várias reuniões com engenheiros da obra e, até agora, não houve solução.
O que diz a Andrade Gutierrez:
O gerente da reforma do Beira-Rio, engenheiro Lucio Matteucci, da Andrade Gutierrez, informa em nota que "o cronograma da obra está mantido", com conclusão prevista para dezembro de 2013. Segundo ele, a área interditada abrigava apenas "serviços preliminares".
Matteucci afirma que ações corretivas foram realizadas no trecho interditado, e um relatório foi encaminhado à Superintendência Regional do Trabalho, que solicitou novos esclarecimentos. A resposta da empresa está sendo providenciada.
Sobre as supostas contratações ilegais, o engenheiro pondera: "A Andrade Gutierrez entende que todas suas contratações estão de acordo com a legislação nacional."
RW postado as 7:00 05.06.2012