Acordo de R$15 milhões foi uma vitória do São Paulo contra Oscar. Atleta precisou negociar com o Inter para pagar o time do Morumbi. Entenda

De Vitor Birner e Navarro
O São Paulo, representado pelos advogados Carlos Ambiel e Aloísio Costa Junior, venceu a batalha jurídica contra Oscar.
Não resta a menor dúvida disso.
O jogador tentou, no começo, a liberação na justiça sem pagar nada.
O trabalho dos advogados são-paulinos impediu.
Depois, o Colorado, que não fez parte diretamente do processo, mas participou nos bastidores, ofereceu R$4,2 milhões.
O São Paulo recusou.
A segunda oferta do Inter, após perceber que a situação era mais complicada do que imaginava, foi de R8 milhões mais 10% do valor de uma futura venda do boleiro.
De novo ouviu não.
A terceira proposta foi de quase R$ 12 milhões. O Colorado queria pagar uma parte no ato do acerto e outra depois.
O São Paulo outra vez não quis.
O acordo final, de R$15 milhões, não foi negociado entre dirigentes dos clubes.
Ele foi realizado em duas etapas
Os representantes do atleta acertaram o valor diretamente com os dirigentes são-paulinos.
Cientes da quantia exigida pelo São Paulo, foram negociar ontem (terça-feira) à noite com o Internacional e um investidor (não descobri quem, mas sei que trabalha no BMG. Não foi o banco, em si, que adquiriu parte dos direitos do meia).
Resolvida a questão dentro do Beira-Rio, hoje, o caso terminou.
A vitória do São Paulo complica a vida de empresários e atletas que pretendem desrespeitar seus contratos com os patrões.
Em janeiro de 2010, o departamento jurídico são-paulino precisava lidar com 3 ações de jogadores que tentaram fazer isso.
Diogo, o lateral-esquerdo, nem conseguiu a liminar para sair de graça.
Lucas Piazón teve êxito, mas depois precisou pagar 5 milhões de euros antes de ser liberado.
Oscar teve que desembolsar R$15 milhões.
O sucesso são-paulino nas brigas judiciais deve, no mínimo, obrigar quem pretende fazer o mesmo a pensar cinco vezes