O colunista Paulo Santana foi implacável com Marcelo Grohe em seu espaço na Zero Hora desta segunda-feira, e também na rádio. Acusou o goleiro de ter falhado nos dois gols na derrota por 2 a 1 contra o Coritiba.
São dois lances discutíveis que não justificam esse ataque infame. Tudo o que Marcelo Grohe não precisa neste momento em que busca afirmação como substituto do grande Victor, é de alguém tentando abalar sua auto-estima, sua confiança.
O colunista, por vaidade, decidiu atacar o goleiro, querendo dizer que havia ganho uma discussão com o ex-dirigente Cacalo. Ignorou todas as belas atuações anteriores de Grohe e focou apenas nesse jogo, chegando a dizer que o goleiro havia levado dois ‘frangos’.
Paulo Santana foi cruel. E injusto.
Vi e revi os dois gols. Na cobrança de falta, realmente Grohe vacilou, mas não chega a ser algo que se possa definir como ‘frango’. Foi um chute forte. Grohe já defendeu bolas muito mais difíceis. Aliás, Grohe fez uma defesa magnífica num cabeceio à queima-roupa, mas isso Santana omite.
Quando vi o gol na hora do jogo pensei em Victor: fosse com ele, seria crucificado por seus detratores gremistas. Para muita gente, quando o time vai mal, a culpa é do goleiro. Não importa que a defesa falha, se o meio campo não cria e o ataque não chuta. O goleiro é o único que não tem direito de vacilar, muito menos de falhar.
A produção ofensiva do time contra o Coritiba foi ridícula. Mas a culpa é só do goleiro.
Hoje, ao participar do Cadeira Cativa, o João de Almeida Neto, gremista e cantor nativista, encontrou outro culpado para o fracasso do time: Fernando.
Sim, Fernando. Para ele, Fernando não marca direito, não rouba a bola de ninguém.
É claro que eu saí em defesa do Fernando, assim como fiz com Victor. Aliás, os dois sempre foram titulares absolutos do time que eu considero ideal para o Grêmio.
Então, se tem gente que atribui grande parte dos problemas do time ao Fernando, não há muito mais o que dizer a não ser que o futebol é empolgante também por isso: a absoluta diversidade de opiniões.
Perguntei ao João, por que ele não focava sua crítica aos laterais, por exemplo. Ele respondeu que Fernando tem uma função mais vital, o que é verdade, mas os laterais também podem elevar ou detonar um time. Como seria esse time do Grêmio com Mário fernandes e Júlio César. Melhor, muito melhor. Arrisco dizer que seria campeão da Copa do Brasil até com MA e Gago no meio de campo, e Kleber recém voltando de lesão.
Voltando ao Grohe, no segundo gol, o que vi foi uma bola muito bem colocada, fora do alcance do goleiro. Não foi um chute forte, mas foi um chute preciso, em curva, bem no canto direito. Volto a dizer: fosse o Victor, diriam que foi falha. Eu, assim como defendi Victor, que se encaminha para ser campeão brasileiro, defendo o Marcelo Grohe.
O goleiro é uma peça da engrenagem. Uma peça importante. Um time campeão começa pelo goleiro, dizem. Mas só começa.
Hoje, o Grêmio tem um goleiro muito bom, a dupla de área é boa, os laterais são apenas esforçados, o meio-campo titular é ótimo e o ataque é muito bom. É um time apto a disputar o título. Mas um campeonato como esse exige mais do que um bom time. É preciso um grupo mais equilibrado.
Elano e Zé Roberto, que deram o toque de qualidade que faltava, não têm substitutos.
E as laterais continuam supridas por reservas. Por isso, diante do material humano existente no Olímpico, o máximo que se pode almejar é mesmo uma vaga na Libertadores.
Mas até isso é muito difícil.
Talvez o melhor seja mesmo apostar na Sul-Americana. E parar de detonar os bons, como Grohe e Fernando.
São dois lances discutíveis que não justificam esse ataque infame. Tudo o que Marcelo Grohe não precisa neste momento em que busca afirmação como substituto do grande Victor, é de alguém tentando abalar sua auto-estima, sua confiança.
O colunista, por vaidade, decidiu atacar o goleiro, querendo dizer que havia ganho uma discussão com o ex-dirigente Cacalo. Ignorou todas as belas atuações anteriores de Grohe e focou apenas nesse jogo, chegando a dizer que o goleiro havia levado dois ‘frangos’.
Paulo Santana foi cruel. E injusto.
Vi e revi os dois gols. Na cobrança de falta, realmente Grohe vacilou, mas não chega a ser algo que se possa definir como ‘frango’. Foi um chute forte. Grohe já defendeu bolas muito mais difíceis. Aliás, Grohe fez uma defesa magnífica num cabeceio à queima-roupa, mas isso Santana omite.
Quando vi o gol na hora do jogo pensei em Victor: fosse com ele, seria crucificado por seus detratores gremistas. Para muita gente, quando o time vai mal, a culpa é do goleiro. Não importa que a defesa falha, se o meio campo não cria e o ataque não chuta. O goleiro é o único que não tem direito de vacilar, muito menos de falhar.
A produção ofensiva do time contra o Coritiba foi ridícula. Mas a culpa é só do goleiro.
Hoje, ao participar do Cadeira Cativa, o João de Almeida Neto, gremista e cantor nativista, encontrou outro culpado para o fracasso do time: Fernando.
Sim, Fernando. Para ele, Fernando não marca direito, não rouba a bola de ninguém.
É claro que eu saí em defesa do Fernando, assim como fiz com Victor. Aliás, os dois sempre foram titulares absolutos do time que eu considero ideal para o Grêmio.
Então, se tem gente que atribui grande parte dos problemas do time ao Fernando, não há muito mais o que dizer a não ser que o futebol é empolgante também por isso: a absoluta diversidade de opiniões.
Perguntei ao João, por que ele não focava sua crítica aos laterais, por exemplo. Ele respondeu que Fernando tem uma função mais vital, o que é verdade, mas os laterais também podem elevar ou detonar um time. Como seria esse time do Grêmio com Mário fernandes e Júlio César. Melhor, muito melhor. Arrisco dizer que seria campeão da Copa do Brasil até com MA e Gago no meio de campo, e Kleber recém voltando de lesão.
Voltando ao Grohe, no segundo gol, o que vi foi uma bola muito bem colocada, fora do alcance do goleiro. Não foi um chute forte, mas foi um chute preciso, em curva, bem no canto direito. Volto a dizer: fosse o Victor, diriam que foi falha. Eu, assim como defendi Victor, que se encaminha para ser campeão brasileiro, defendo o Marcelo Grohe.
O goleiro é uma peça da engrenagem. Uma peça importante. Um time campeão começa pelo goleiro, dizem. Mas só começa.
Hoje, o Grêmio tem um goleiro muito bom, a dupla de área é boa, os laterais são apenas esforçados, o meio-campo titular é ótimo e o ataque é muito bom. É um time apto a disputar o título. Mas um campeonato como esse exige mais do que um bom time. É preciso um grupo mais equilibrado.
Elano e Zé Roberto, que deram o toque de qualidade que faltava, não têm substitutos.
E as laterais continuam supridas por reservas. Por isso, diante do material humano existente no Olímpico, o máximo que se pode almejar é mesmo uma vaga na Libertadores.
Mas até isso é muito difícil.
Talvez o melhor seja mesmo apostar na Sul-Americana. E parar de detonar os bons, como Grohe e Fernando.